quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Peter Bjorn And John - Gimme Some (2011)

Em meados de 1999 na cidade de Estocolmo, Suécia, Peter Morén (Guitarra, Vocais e Harmônica), Björn Yttling (Baixo, Teclado e Vocais) e John Eriksson (Bateria, Percussão e Vocais) formaram o trio de Indie Rock que viria a se chamar Peter Bjorn And John. 12 anos após a formação do grupo, os suecos lançam o álbum Gimme Some, um conjunto de 11 músicas que já está sendo considerado por muita gente um dos melhores álbuns lançados em 2011.

O disco apresenta uma sonoridade muito particular do trio, principalmente em relação aos vocais, que apresentam um certo tratamento sonoro feito em estúdio que usa e abusa de efeitos e equalizações que em alguns momentos remetem a uma sonoridade mais retrô.

"Tomorrow Has To Wait" dá inicio aos trabalhos com um riff que dá caracteristica rítmica a música e apresentando logo no início do álbum um dos melhores refrões do disco, simples, bem marcado, fácil de ser cantado e em um clima muito agradável. Em seguida "Dig A Little Deeper" inicia com um pequeno "solo" de Bateria que abre caminho para a Guitarra em ritmo latino que no refrão é seguido pela Bateria em uma levada muito interessante.

"Second Chance" é guiada pelo ritmo do Cowbell e apresenta um dos melhores arranjos do disco, com uma frase rítmica bem marcada em toda faixa, principalmente no refrão, que caracteriza a música. "Breaker, Breaker" vem com um andamento até então não visto no disco, rápida e cheia de melodias conquista com facilidade qualquer ouvinte e um lugar de destaque na tracklist do álbum.

"May Seem Macabre" é cheia de camadas sonoras e climas, segurando um pouco a onda de quem vem embalado pela faixa anterior, mas ao mesmo tempo mostra uma das músicas mais complexas do álbum, cheia de nuances e detalhes. "(Don't Let Them) Cool Off" lembra muito o Rock dos anos 70/80, tanto em seu ritmo como em sua sonoridade. Para finalizar o disco "I Know You Don't Love Me" chega de leve e mostra que o trio guardou para o final mais um grande arranjo e um ótimo refrão.

Sem dúvida alguma o grupo sueco já está entre os grandes artistas dos anos 2000, e se continuar lançando bons álbuns como este último, como certeza será uma das grandes bandas das últimas décadas.

Destaque para as músicas:

- Tomorrow Has To Wait
- Dig A Little Deeper
- Second Chance
- May Seem Macabre
- Down Like Me
- I Know You Don't Love Me


Até mais ^^

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

The Rural Alberta Advantage - Departing (2011)

The Rural Alberta Advantage é um trio canadense de Indie Rock formada em 2005 com os dois pés fincados no Folk. Departing lançado em março deste ano é o segundo álbum da discografia do grupo e o primeiro lançado diretamente por uma gravadora. O disco de estreia do grupo Hometowns (2008) foi lançado primeiramente de forma independente e em 2009 foi relançado pela gravadora que agora lança Departing, a Saddle Creek nos EUA e Paper Bag Records no Canadá.

A primeira coisa que me chamou atenção neste álbum foi a capa, que é a foto de uma estrada em um dia de tempestade de neve com um carro praticamente escondido na cortina branca criada pela névoa. Um trabalho gráfico extremamente simples, mas muito bonito e combinando perfeitamente com o título do disco.

"Two Lovers" abre o álbum de forma tranquila em um arranjo bem Folk marcado pelo Violão e pelo acompanhamento da Bateria em uma levada simples, acentuando os pontos merecidos da faixa, além de várias camadas sonoras criadas por Teclados e Sintetizadores. "The Breakup" aumenta drasticamente o ritmo do disco como sua levada rápida e seu refrão marcante.

"Under The Knife" apresenta um arranjo instrumental muito simples nas estrofes e dá ênfase a melodia vocal em praticamente toda a faixa, a exceção fica com uma parte toda instrumental um pouco mais elaborada que acaba virando o refrão da música graças a melodia tocada pelo Glockspiel. "North Star" chama atenção principalmente na segunda parte, mas desde o início se mostra como uma ótima música.

"Stamp" vem com um ritmo frenético feito pela Bateria, belas melodias e harmonias instrumentais e vocais que a colocam entre as melhores do álbum. "Tornado" tem um dos melhores refrões do disco e é muito bem interpretada pelo vocalista Nils Edenloff, que não possui um timbre de voz muito agradável a primeira audição, mas seu timbre e maneira de cantar combinam muito bem com a sonoridade do trio e lembram vagamente o grande Bob Dylan, assim como a faixa "Barnes' Yard" que em um andamento um pouco mais lento combinaria perfeitamente com esse mestre da música Folk.

Com seu pouco tempo de estrada e apenas dois álbuns lançados o The Rural Alberta Advantage já tem todas as armas para ganhar a simpatia de várias pessoas e conquistar alguns fãs ao redor do mundo com suas belas melodias e ritmos que caracterizam a sonoridade da banda.

Destaque para as músicas:

- Two Lovers
- The Breakup
- Stamp
- Barnes' Yard
- Coldest Days

 

Até mais ^^

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Incubus - If Not Now, When? (2011)

Após meia década de hiato, os americanos do Incubus voltam a ativa com o disco If Not Now, When?, um trabalho sem grandes hits e músicas mais pesadas como as já aclamadas "Megalomaniac" e "Look Alive" mas que já pode ser reconhecido como uma fase da carreira da banda.

A maioria das faixas deste álbum são suaves e calmas, sem momentos mais pesados, mas apresentando belos arranjos que complementam as melodias vocais do vocalista Brandon Boyd de maneira muito bem feita.

A faixa título "If Not Now, When?" abre o álbum em um 4/4 leve e bem marcado pela Bateria, além de apresentar uma grande presença de elementos eletrônicos e cordas criando várias camadas sonoras juntos com os demais instrumentos da banda. O segundo single do disco "Promises, Promises" vem em seguida com um grande arranjo, que caracteriza bem a sonoridade do Incubus, e traz um daqueles refrões bem grudentos que fazem o ouvinte ficar cantarolando por horas.

"Friends And Lovers" é sem dúvida uma das faixas mais bonitas deste trabalho da banda como sua Guitarra bem tranquila fazendo melodias simples que dão cara a música. "Isadore" poderia ter menos sons de Bateria eletrônica em suas estrofes, ou simplesmente sons mais suaves, deixando todas as partes da faixa equilibradas e igualmente interessantes.

"Defiance" tem uma pegada meio Bon Jovi, meio Country, contando apenas com Voz e Violões em seu arranjo fazendo o simples e eficiente. Em "In The Company Of Wolves" tem 07:34 minutos, tendo em sua primeira metade chegadas e partidas em uma melodia vocal melancólica acompanhada de um ótimo instrumental e na segunda metade um clima de suspense marcado principalmente pelo riff de Guitarra. Mais para o final do disco aparecem ainda as ótimas "Switchblade", com sua introdução meio Rap Rock, e "Adolescents", primeiro single do disco graças ao seu grande refrão.

If Not Now, When? não é o melhor disco do Incubus, mas tem seu valor na discografia da banda por apresentá-la em uma roupagem mais madura e com o objetivo de fazer música sem se preocupar com o que os outros estão pensando.

Destaque para as músicas:

- If Not Now, When?
- Promises, Promises
- In The Company Of Wolves
- Switchblade
- Adolescents
- Tomorrow's Food


Até mais ^^

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Red Hot Chili Peppers - I'm With You (2011)

O novo disco do Red Hot Chili Peppers, I'm With You, é sem dúvida um dos mais esperados lançamentos de 2011, principalmente por dois motivos: 

1) Por ser um disco do RHCP;
2) Por ser o segundo disco da banda sem o guitarrista John Frusciante, desde que o mesmo se juntou ao grupo em 1988.

Relembrando a primeira vez que isso aconteceu, em 1992, onde o guitarrista foi substituido por Dave Navarro, do Jane's Addiction, que gravou e tocou na turnê do disco One Hot Minute (1995). Desta vez Frusciante foi substituído por Josh Klinghoffer, que já vinha tocando com a banda na turnê do disco Stadium Arcadium (2006) como guitarrista de apoio. 

Se o álbum de 2006 era repleto de guitarras virtuosísticas, cheias de complexidade e detalhes, em I'm With You as guitarras são extremamente econômicas se comparadas as gravações feitas por Frusciante, passando o bastão de principal virtuose da banda para o baixista Flea, que desempenha esse papel muito bem já na primeira faixa do disco, "Monarchy Of Roses" com seu Baixo frenético e levada de Bateria dançante.

"Factory Of Faith" parece ter sido feita para tocar em festas, contando com instrumentos eletrônicos e com uma melodia vocal muito interessante. "Brendan’s Death Song" começa com uma bela introdução tocada pelo Violão do novo integrante da banda, sendo essa sua primeira aparição de destaque, fora isso a faixa tem um dos melhores refrões do disco acompanhado de um belo arranjo.

"Look Around" tem a maioria das características que tornaram o RHCP a banda de destaque que é atualmente e "The Adventures Of Rain Dance Maggie", primeiro single do álbum, vem cheia de percussão e com o vocalista Anthony Kiedis fazendo sua clássica linha vocal mesclando Rock e Rap. A melhor performance da banda como um todo está em "Goodbye Hooray", uma metralhadora de virtuosismo e técnica instrumental. "Happiness Loves Company" apresenta um grande arranjo e mais um refrão muito bem elaborado.

Definitivamente I'm With You é um disco totalmente diferente de todo resto da discografia da banda, inclusive o próprio baterista da banda, Chad Smith, declarou que "Essa é uma nova banda. Com o mesmo nome, mas é uma banda nova." devido as mudanças que aconteceram. A entrada de Josh Klinghoffer trouxe ao grupo uma sonoridade mais econômica, o que acaba dando mais destaque aos momentos de virtuosismo dos integrantes.

Destaque para as músicas:

- Monarchy Of Roses
- Factory Of Faith
- Brendan’s Death Song
- Annie Wants A Baby
- The Adventures Of Rain Dance Maggie
- Goodbye Hooray
- Happiness Loves Company



Até mais ^^