quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Mallu Magalhães - Pitanga (2011)

A jovem Mallu Magalhães começou sua carreira de maneira precoce aos 15 anos de idade com a pressão de ser a grande revelação da música brasileira. Desde lá foram dois discos lançados, um em 2008 e outro em 2009, (ambos levam o nome da cantora como título) onde no primeiro Mallu mostrava a grande inflûencia exercida por artistas da música Folk americana como Bob Dylan e Johnny Cash em letras simples e infantis, e no segundo sua transição do universo americano para o da música brasileira, atuando um pouco de cada lado e mesclando temas infantis e adolescentes.

Agora em Pitanga, com 19 anos de idade e com letras mais maduras, a cantora e compositora mostra que a influência da música brasileira foi mais forte que a da estrangeira, em boa parte graças ao seu namoro com o integrante do Los Hermanos, Marcelo Camelo, que participou efetivamente da construção deste álbum como compositor, arranjador, instrumentista e produtor.

"Velha E Louca" abre o disco em um reggae leve de arranjo simples, onde se faz presente um dos instrumentos preferidos de Mallu em seu período Folk, o banjo, ao lado de uma bateria bem marcada e guitarras meio surf music. A letra de "Cena" lembra muito as canções dos Los Hermanos, e o instrumental da música contribui para fortalecer a impressão de ter sido composta pelo próprio Marcelo Camelo. A performance vocal de Mallu é extremamente controlada, sabendo até onde sua voz soa bem, evitando notas mais arriscadas como nos trabalhos anteriores.

"Sambinha Bom" marca a entrada definitiva da cantora na MPB com um belo arranjo que preza pela delicadeza instrumental, servindo muito bem ao clima da letra. "Olha Só, Moreno" é uma declaração de amor descarada ao seu companheiro, a métrica das estrofes e principalmente do refrão lembram muito a maneira que Mallu cantava em seu primeiro disco, doce, ingênua e despretensiosa.

A quinta faixa do álbum, "Youhuhu", é a primeira a ser cantada em inglês, mas ainda assim conta com uma parte cantada em português, e mistura Folk, Reggae e MPB em um arranjo simples e eficiente com uma bela frase melódica assoviada como solo. "Por Que Você Faz Assim Comigo?" é o ponto alto da expressão da maturidade da cantora, demonstrando com facilidade seus sentimentos em uma letra intensa que aponta novos rumos em seu trabalho como compositora.

Mallu Magalhães consegue mostrar em seu terceiro disco que a menina virou mulher, com base em faixas que apresentam uma consistência harmônica e melódica nunca antes vistas em seus trabalhos. Sem dúvida o namoro com uma pessoa mais velha e com uma experiência musical maior como Marcelo Camelo contribuíram muito para o aumento da qualidade do trabalho da cantora.

Destaque para as músicas:

- Velha E Louca
- Cena
- Youhuhu
- In The Morning
- Lonely
- Ô, Ana


Até mais ^^


P.S.: Em Janeiro de 2012, O Musicófilo estará de férias, voltando a atividade na primeira semana se Fevereiro.
Então caros leitores, aproveitem para ler as postagens mais antigas, ouvir muita música e conhecer bandas novas que ano que vem O Musicófilo volta com tudo.

Muito obrigado por esse ano e até ano que vem ^^

Feliz Ano Novo!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Agridoce - Agridoce (2011)

Agridoce é o projeto paralelo da cantora Pitty com o guitarrista de sua banda Martin. O duo soa como um contraponto a sonoridade da banda principal, onde as músicas em geral são mais pesadas, fazendo o que foi denominado pela própria cantora como "fofolk", uma música folk mais suave e fofinha, mas com alguns momentos mais melancólicos e agressivos.

Para a gravação do álbum a dupla alugou uma casa na Serra da Cantareira em São Paulo, onde fizeram uma espécie de retiro musical com foco na gravação das músicas, levando para lá todos os instrumentos que seriam usados nas gravações e todo o equipamento necessário para a gravação do álbum.

"Embrace The Devil" abre o disco de maneira suave com o som do ambiente que envolvia a casa/estúdio e uma agradável levada feita pelo violão. Apesar do nome em inglês toda a faixa é cantada em português, tendo somente uma pequena frase em inglês que dá nome a música. "Dançando" foi a primeira música lançada pela dupla e é de uma beleza gigantesca com seu arranjo quase minimalista, tudo muito simples e eficiente, onde fica clara que a base das músicas do duo é formada por Pitty no piano e vocal e Martin nos violões e vocais.

"Romeu" é a faixa mais melancólica do disco apresentando um arranjo com efeitos nas vozes, piano e bateria. Pitty mostra toda sua qualidade vocal neste trabalho com performances muito coesas com o equilíbrio ideal entre técnica e musicalidade. Em "20 Passos", Pitty cede os vocais ao guitarrista Martin com sua bela voz de timbre suave e agradável, combinando muito bem com a sonoridade desta música e deixando o ouvinte com vontade de ouvir repetidamente a faixa.

Assim como a faixa de abertura do álbum, "Upside Down" é cantada em sua maior parte em português, essa é a única música do disco onde os membros da dupla dialogam efetivamente, dividindo as estrofes em uma frase para cada um, como se contassem histórias paralelas e cantando juntos o refrão em inglês. "130 Anos" foi gravada ao ar livre, contando com o som do ambiente externo que dá a música uma sonoridade intimista de gravação caseira.

Com este disco o Agridoce começou sua carreira com pé direito, apresentando ótimas músicas em um álbum equilibrado, que apesar de ter muitas músicas calmas não chega nem perto de ser chato. Infelizmente vamos ter que esperar um bom tempo pela continuidade deste projeto pois querendo ou não, a banda principal do duo exige mais dedicação.

Destaque para as músicas:

- Embrace The Devil
- Dançando
- 20 Passos
- Upside Down
- Epílogos
- O Porto


Feliz Natal!
Até semana que vem ^^

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

The Black Keys - El Camino (2011)

Em Maio de 2010 o duo americano de blues rock The Black Keys lançou o aclamado por público e crítica Brothers, e agora na reta final de 2011 com a maioria das listas de melhores discos do ano já fechadas e publicadas, a dupla formada pelos talentosos músicos e produtores Dan Auerbach (Guitarras e Vocais) e Patrick Carney (Bateria) lança El Camino com o pensamento "por que deixar para 2012 um grande álbum que pode ser lançado em 2011". Este é o terceiro trabalho do duo produzido em parceria com Danger Mouse, que atuou como compositor, produtor e músico, ficando responsável pela parte de teclados do disco.

O hit instantâneo "Lonely Boy" abre o álbum da melhor forma possível, com um riff marcante executado pela guitarra, uma levada de bateria forte e um ótimo refrão de melodia fácil que gruda na cabeça do ouvinte logo de cara. O clipe da música é um show a parte, simples e extremamente eficiente consegue ligar a imagem diretamente a música. 

"Dead And Gone" liga a sonoridade característica do Black Keys a uma sonoridade que lembra as trilhas sonoras de filmes de faroeste, certamente uma influência do trabalho solo mais recente de Danger Mouse, Rome (2011). "Gold On The Ceiling" chama a atenção pelo riff executado pelos teclados e por seu ótimo arranjo. 

"Little Black Submarines" soa como a "Starway To Heaven" do duo, sua estrutura lembra bastante a música do Led Zeppelin, começando calma apenas com voz e violão e a partir da metade tendo guitarras distorcidas, baixo e bateria com um peso absurdo e um grande solo de guitarra. Sem dúvida uma das melhores faixas do álbum. "Run Right Back" é uma das músicas mais dançantes do disco, tem um ótimo riff feito pela guitarra e um grande refrão.

"Hell Of A Season" parece uma irmã mais nova da faixa de abertura do álbum, tendo uma levada de bateria e as métricas das frases da estrofes muito semelhantes. A dupla guarda para o final do disco uma grata surpresa ao ouvinte, a ótima "Mind Eraser" com mais um refrão arrebatador e um grande arranjo.

Este sem dúvida é um dos melhores álbuns de 2011 e com certeza vai estar presente nas listas de melhores do ano que ainda não foram publicadas. Em 2010 o The Black Keys lançou Brothers, agora em 2011 El Camino, será que está por vir outro grande álbum em 2012?

Destaque para as músicas:

- Lonely Boy
- Dead And Gone
- Little Black Submarines
- Sister
- Stop Stop
- Mind Eraser


Até semana que vem ^^

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Wilco - The Whole Love (2011)

The Whole Love é o oitavo álbum da banda americana Wilco. Lançado pelo selo criado pelo próprio grupo, o dBpm, este é o seu primeiro disco totalmente independente. 

Este está sendo o álbum de maior repercussão do Wilco desde o aclamado Yankee Hotel Foxtrot (2002), que foi a primeira tentativa de independência da banda. Resumindo a história o disco foi financiado pela gravadora Warner, recusado pela mesma quando ficou pronto, comprado pela banda por alguns trocados para ser lançado de forma independente e após fazer sucesso quando disponibilizado para streaming a gravadora voltou atrás comprando de volta os direitos de lançamento do álbum, ou seja, a Warner pagou duas vezes pelo disco.

"Art Of Almost" abre o disco ao som de uma bateria em ritmo quebrado acompanhada de vários elementos eletrônicos, uma grande interpretação do vocalista e cérebro do grupo Jeff Tweedy e algumas intervenções melódicas feitas por uma orquestra de cordas e pelo piano que embelezam a faixa. A partir dos 4:30 minutos da música (que no total tem 7:16) a banda faz uma performance instrumental de alto nível que finaliza a faixa em grande estilo.

"I Might" é marcada por uma frase melódica que se repete várias vezes passeando por praticamente todos os instrumentos presentes no arranjo e ganhando destaque ao som do orgão eletrônico. "Sunloathe" tem uma bela harmonia, que reforça seu tom melancólico, é a primeira música mais calma do álbum e onde a banda começa a intercalar uma faixa calma com uma agitada. "Dawned On Me" apresenta um ritmo muito interessante e se mostra como uma das melhores faixas do álbum.

"Born Alone" tem uma sonoridade leve e alegre, sendo uma música muito boa de ouvir graças a grande performance instrumental da banda e ao arranjo feito de maneira muito competente, conseguindo colocar cada elemento sonoro em um lugar de importância sem exagerar na quantidade. "Capitol City" soa como trilha sonora de algum filme antigo em um clima feliz e sem preocupação.

The Whole Love está sendo muito bem avaliado pela crítica e consequentemente está presente, de forma justa e merecida, em quase todas as listas de melhores álbuns de 2011, trazendo o Wilco de volta ao hall das grandes bandas da atualidade.

Destaque para as músicas:

- I Might
- Dawned On Me
- Born Alone
- Standing O
- Whole Love
- One Sunday Morning (Song For Jane Smiley's Boyfriend)


Até mais ^^

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Lou Reed & Metallica - Lulu (2011)

Lulu é um álbum colaborativo entre o cantor/compositor Lou Reed (ex-The Velvet Underground) e a banda de Heavy Metal Metallica. Pela lógica um dos mais aclamados compositores do Rock + uma das maiores bandas do mundo = um grande álbum... porém não é o que acontece em Lulu. A ideia deste disco colaborativo surgiu por iniciativa de ambas as partes em 2009, na cerimônia de 25 anos do Rock And Roll Hall Of Fame onde o grupo e o cantor fizeram uma performance juntos.

O álbum começou a ser gravado em Abril deste ano secretamente, sem nenhuma divulgação de que seria um disco da parceria Lou Reed & Metallica, a partir de uma série de canções que Reed havia composto para uma produção teatral chamada Lulu, originalmente escrita pelo dramaturgo alemão Frank Wedekind.

Já na primeira audição fica claro que cada um dos participantes do álbum teve suas funções bem determinadas, sendo Lou Reed o responsável pelas letras e vocais principais, e o Metallica pela parte instrumental e alguns backing vocals, soando mais como uma banda de apoio contratada por Reed do que como um participante efetivo do disco. Em certos momentos do álbum a impressão de que tudo foi gravado sem interação entre as partes é muito forte, deixando uma pulga atrás da orelha do ouvinte que acaba supondo que a banda gravou suas partes em um estúdio e o cantor em outro.

"Brandenburg Gate" abre o disco com Lou Reed espancando um violão 12 cordas até o momento em que entram em cena guitarras cheias de distorção, uma bateria enfurecida e a voz gutural de James Hetfield. A música segue com Reed usando a interpretação chamada "Spoken Word", onde a voz principal é falada ao invés de cantada, e essa maneira de "cantar" as músicas segue presente do inicio ao fim do álbum, ficando Hetfield com as (poucas) partes vocais mais melódicas.

"Iced Honey" é a única música de todo disco que será facilmente assimilada pelo ouvinte, pois soa realmente como uma parceria, tendo suas partes equilibradas e combinando entre si. Tanto a banda quanto o vocalista deixaram de lado por um momento seus estilos e egos e criaram algo juntos que soa totalmente diferente do restante do álbum.

Lou Reed sempre teve seu lado experimental, logo, este disco será melhor aceito por seus fãs e soará muito melhor em sua discografia do que na do Metallica, onde os fãs agirão (suponho) de duas formas: alguns irão aprender a gostar do álbum pelo instrumental muito bem feito pela banda, lembrando em vários momentos os discos clássicos do grupo como Master Of Puppets (1986), e outros vão querer quebrar este disco e ir ouvir "o Metallica de verdade".

Definitivamente Lulu está longe de ser um trabalho genial de ambas as partes e não irá consolidar Lou Reed & Metallica como uma parceria de sucesso.

Destaque para as músicas:
- The View
- Iced Honey
- Frustration


Até mais ^^

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Patrick Stump - Soul Punk (2011)

Patrick Stump é um talentoso cantor, compositor e multi-instrumentista americano, mais conhecido por ser vocalista e guitarrista da banda de Pop Punk Fall Out Boy. Na teoria o Fall Out Boy entrou em hiato em Novembro de 2009 e a partir disso todos seus integrantes iniciaram projetos paralelos, o que acaba diminuindo as chances de uma possível volta da banda a curto prazo.

E em Soul Punk, Stump deixa claro algumas influências que já apareciam timidamente em sua banda e que agora com a liberdade de poder fazer o que quiser e como quiser ganham espaço e definem o som deste grande músico. Neste primeiro álbum solo de sua carreira Stump tocou todos os instrumentos presentes no disco, desde os instrumentos básicos como Guitarra, Baixo e Bateria, passando por (muitos) sintetizadores e até instrumentos de sopro como Trompete, Trombone e Saxofone.

"Explode" abre o disco de maneira explosiva com vários sons de sintetizadores, Bateria com som poderoso e uma linha vocal surpreendente apresentando um ótimo refrão, essa música é sem duvida um teste para qualquer caixa de som ou fone de ouvido. "This City" é uma mistura de influências, sua introdução soa meio Justin Timberlake, enquanto as estrofes evocam Michael Jackson e Prince (grandes ídolos do músico). O refrão da faixa deixa um pouco a desejar, mas o arranjo de toda música chama a atenção por ter muitas camadas sonoras, todas soando em perfeita harmonia.

"Dance Miserable" soa como um Soul vindo direto dos anos 70 empregando a tecnologia de gravação e de instrumentos dos dias atuais, bem swingado mostrando como esse gênero é importante para Stump. "Run Dry (X Heart X Fingers)" é uma das faíxas mais dançantes do álbum, mérito da ótima linha de Baixo que dá a música essa característica ao lado da Bateria e dos Sintetizadores. Na metade da faixa começa a hidden track "Cryptozoology", uma segunda parte/continuação da música anterior que segue a mesma linha dançante usando outros elementos sonoros.

Infelizmente nesse primeiro trabalho solo de Patrick Stump sobrou Soul e faltou Punk, fator que deixará muitos dos seus fãs vindos dos tempos de Fall Out Boy decepcionados. Mas em compensação o artista mostra habilidades nunca vistas em seus trabalhos anteriores com a banda, deixando claro que seu potencial solo pode ser tão grande quanto com a banda.

Destaque para as músicas:

- Explode
- Dance Miserable
- Run Dry (X Heart X Fingers)
- Greed
- Everybody Wants Somebody

 

Até mais ^^

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Criolo - Nó Na Orelha (2011)

O rapper Criolo já está na "estrada" desde 1989, mas só chamou a atenção da mídia musical nacional em 2010 com a divulgação dos dois primeiros singles de seu novo disco. Seu álbum de estreia intitulado Ainda Há Tempo foi lançado em 2006, mas não teve nem 1/10 da repercussão de Nó Na Orelha lançado em Abril deste ano e com produção de Daniel Gajaman e Marcelo Cabral.

Neste disco Criolo abandona o "sobrenome" Doido, que o acompanhava a anos, e mostra que além de ser um grande rapper com influência no cenário nacional, sendo um dos criadores da Rinhas Dos MC's, é também um ótimo cantor, mostrando em seu álbum que se sente muito bem fazendo Rap e cantando em ritmos como Soul, Samba, Bolero e MPB.

"Bogotá" abre o disco em ritmo latino conduzido pela Percussão e Guitarra seguido por belas frases feitas por um naipe de metais que está presente em toda faixa com partes que fazem toda diferença. "Subirusdoistiozin" foi o primeiro single do álbum, escolha muito bem feita, pois a música é uma das melhores do disco e deixa claro a intenção de Criolo de misturar o Rap com outros estilos. O arranjo da faixa conta com a base tradicional do Rap feita por uma Bateria eletrônica e adiciona instrumentos como Piano, Guitarra, Baixo e Trompete.

A melancólica "Não Existe Amor Em SP" é uma ode a maior cidade do país, falando da sua realidade cheia de diferenças e perigos conduzida por uma bela linha de Piano Rhodes tocada pelo produtor Daniel Gajaman em um arranjo que ainda conta com um quarteto de Cordas para embelezar ainda mais a música. "Freguês Da Meia Noite" mostra Criolo como um cantor de Bolero brega acompanhado de um instrumental bem característico do gênero.

Em "Grajauex" o cantor/rapper volta as raízes falando de seu bairro natal com rimas rápidas e bem feitas, como se estivesse em uma batalha de MC's. "Samba Sambei" apesar do nome é um Reggae bem swingado e que mais uma vez mostra a versatilidade deste artista. "Linha De Frente" fecha o álbum com um samba de raiz que conta com todos os elementos desse gênero com Cavaquinho, Surdo e outros instrumentos de Percussão característicos do ritmo.

O disco foi muito bem avaliado pela crítica musical, nacional e internacional, e ganhou os prêmios de Melhor Álbum, Música Do Ano ("Não Existe Amor Em SP") e Artista Revelação no VMB 2011. Além disso o disco com certeza vai estar presente nas listas de Melhores Discos Nacionais de 2011 de diversos sites, blogs e em revistas como a Rolling Stone que já deu ao álbum 4/5 estrelas.

Destaque para as músicas:

- Subirusdoistiozin
- Não Existe Amor Em SP
- Grajauex
- Lion Man
- Linha De Frente

 

Até mais ^^

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

SuperHeavy - SuperHeavy (2011)

Em meados de 2009 em algum estúdio de Los Angeles, a lenda Mick Jagger (Rolling Stones), o guitarrista Dave Stewart (Eurythmics), Joss Stone, Damian Marley e o cantor, compositor, produtor e multi-instrumentista A.R. Rahman resolveram se reunir para escrever algumas canções. De lá pra cá passaram-se dois anos, e em 16 de Setembro deste ano veio a luz o resultado desta e mais algumas seções de estúdio sob o nome SuperHeavy, que batiza o supergrupo, o primeiro álbum do mesmo e a primeira música do disco.

A primeira impressão que se tem ao ouvir o álbum inteiro é a de que todos os integrantes, cada um vindo de um gênero diferente, misturaram seus estilos na parte instrumental das músicas, apesar de Damian Marley ter predominado com seu Reggae, por ter mais dois integrantes de sua banda de apoio tocando Baixo e Bateria. Já na parte vocal fica claro que cada cantor optou por manter as características de seu gênero, tendo Mick Jagger como representante do Rock, Joss Stone da Soul Music, Damian Marley do Reggae e A.R. Rahman da música indiana.

A faixa titulo do disco, "SuperHeavy", abre o álbum mostrando a mistura que o grupo propõe fazer guiada pelos vocais de Damian Marley e com partes feitas pelos demais vocalistas. O instrumental da faixa é composto por uma base de Reggae com sintetizadores e guitarras de Rock, formula presente na maioria das músicas do disco.

A terceira faixa do álbum "Miracle Worker" foi lançada como primeiro single do supergrupo e segue a mesma linha da faixa de abertura, porém adiciona partes vocais mais melódicas tanto nas estrofes como no refrão e um belo solo de Violino. "Energy" é uma das músicas mais rockeiras do disco, tendo guitarras com distorção e um ritmo rápido e marcado conduzido pela Bateria.

"Satyameva Jayathe" tem o intuito de ser a faixa "indiana" do álbum, mas pode ser que lembre para os ouvintes brasileiros o ritmo nordestino Tecno Brega, por ter uma levada de Bateria muito semelhante e a presença de sons de Teclado característicos deste gênero durante as estrofes, mas o arranjo ainda apresenta um ótimo refrão e mais um belo solo de Violino. A segunda parte do álbum é conduzida pelos vocais de Mick Jagger, mostrando que apesar de seus 68 anos de idade ainda é um dos maiores vocalistas da história da música popular em ótimas faixas como a bluseira "Never Gonna Change" e a animada "I Can't Take It No More".

SuperHeavy pode ser definido como um supergrupo de World Music que consegue misturar muito bem os diferentes gêneros de seus integrantes em algumas músicas e que em outras deixa de lado os rótulos que cada um dos membros carrega e cria algo voltado para algum gênero em comum, como a música Pop. Este não é um disco que vai mudar o mundo e dar ao SuperHeavy o título de maior supergrupo de todos os tempos, mas é um álbum extremamente interessante para os fãs dos artistas que participaram dele e para quem simplesmente aprecia a boa música.

Destaque para as músicas:

- SuperHeavy
- Miracle Worker
- Never Gonna Change
- Rock Me Gently
- I Can't Take It No More
- I Don't Mind


Até semana que vem ^^

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Coldplay - Mylo Xyloto (2011)

Mylo Xyloto é o quinto álbum da banda inglesa Coldplay e sucede o aclamado por público e crítica Viva La Vida Or Death And All His Friends (2008)

Se em Viva La Vida... a turnê criava um conceito para disco, agora em Mylo Xyloto Chris Martin e companhia resolveram ter o conceito dando norte ao álbum. Segundo o vocalista do grupo, este disco é baseado em uma história de amor com final feliz vivida por dois personagens: Mylo e Xyloto.

O álbum deixa claro logo na primeira audição que este é um Coldplay mais animado, mais "pra cima" que o dos discos anteriores (principalmente se comparado aos primeiros trabalhos do grupo) e a forte influência exercida pelo músico/compositor/produtor Brian Eno com suas atmosferas sonoras criadas por sintetizadores no processo de composição e gravação do álbum.

A faixa título "Mylo Xyloto" resume em seus 43 segundos qual é o clima do disco e serve como introdução para a animada e pronta para os estádios "Hurts Like Heaven" com seu arranjo elaborado com precisão cirúrgica, onde cada elemento sonoro tem sua importância e significado, característica dos discos produzidos por Brian Eno.

Em seguida o segundo single do álbum, "Paradise", inicia com sua bela introdução composta por cordas e teclados e abre caminho para uma das melhores músicas do disco, equilibrando de forma magistral partes pomposas, cheias de instrumentos e partes simples contando apenas com o básico, além de um dos refrões mais grudentos já criados pela banda.

"Charlie Brown" segue a animação das faixas anteriores com sua frase instrumental que acaba sendo a caracterísca da música e servindo perfeitamente como refrão acompanhada do tradicional coro "whouooo" que certamente será cantado nos shows desta nova turnê. "Us Against The World" lembra os primeiros discos do Coldplay, sendo uma das músicas com arranjo mais simples do disco, simples e extremamente bonito.

"Every Teardrop Is A Waterfall", primeiro single do álbum, é introduzida pela pequena faixa instrumental "M.M.I.X." e tem um ritmo característico que norteia toda música junto com um ótimo riff de guitarra, provavelmente esta faixa será remixada e tocada nas pistas de dança de todo mundo. "Princess Of China" tem a participação especial de Rihanna mas deixa a desejar, estaria melhor em um disco da cantora do que em um disco do grupo.

Mylo Xyloto vai dar continuidade a ascensão do Coldplay ao Olimpo da música mundial e quem sabe fará com que as comparações feitas pela crítica sejam de "o Coldplay seguindo os passos de bandas grandes como o U2" ao invés de "o Coldplay querendo ser o U2".

Destaque para as músicas:

- Hurts Like Heaven
- Paradise
- Charlie Brown
- Every Teardrop Is A Waterfall
- Major Minus
- Up In Flames
- Don't Let It Break Your Heart


Até mais ^^

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Noel Gallagher's High Flying Birds - Noel Gallagher's High Flying Birds (2011)

2011 marca a volta a ativa dos irmãos Gallagher dois anos após ao fim do Oasis. Em fevereiro deste ano, Liam Gallagher com a sua banda formada por ex-integrantes do Oasis, a Beady Eye, lançou o disco Different Gear, Still Speeding (2011) e oito meses depois, Noel Gallagher (o preferido da maioria dos fãs do Oasis) lança seu primeiro disco solo, cheio de referências a sua antiga banda, e não podia ser diferente, pois Noel sempre foi o principal compositor do grupo. A maioria das músicas deste primeiro trabalho solo soam como sobras da discografia do Oasis, mas já deixam claro que agora Noel pode fazer o que quiser e como quiser.

"Everybody's On The Run" abre o álbum de forma épica com um belo arranjo valorizando cada detalhe de todos instrumentos básicos de uma banda e ainda contando com a participação de um coral, uma orquestra de cordas e como se não bastasse, Noel ainda apresenta uma das melhores linhas vocais de sua carreira. "Dream On" vem em seguida lembrando o último disco do Oasis Dig Out Your Soul (2008) em um ritmo bem marcado.

"If I Had A Gun..." tem praticamente os mesmos acordes, ritmo e clima do maior sucesso do Oasis "Wonderwall", e talvez por isso agrada facilmente e fica entre as melhores faixas do disco. O primeiro single do álbum "The Death Of You And Me" traz um clima meio faroeste / cabaret, um ótimo refrão e um belo solo feito por instrumentos de sopro.

Em "(I Wanna Live In A Dream In My) Record Machine" fica clara a intenção de Noel em criar um hino com a ajuda de um coral infantil, cordas, uma introdução bem soft e um refrão de fácil assimilação. "AKA... What A Life!" cairia bem em muitas festas fazendo todo mundo levantar para dançar e curtir seu ritmo rápido cantando o refrão simples e eficiente.

"(Stranded On) The Wrong Beach" acaba com uma gravação do som do mar, assim como começava "Champagne Supernova" do disco (What's The Story) Morning Glory? (1995) e abrindo caminho para a já conhecida dos fãs mais assíduos do trabalho de Noel "Stop The Clocks", uma música leve e agradável com um belo arranjo cheio de camadas sonoras e um final fantastico.

Infelizmente ainda não é possível saber exatamente como serão os discos solos de Noel Gallagher, pois o recém-lançado ainda está muito "contaminado" pelo estilo do Oasis, deixando os fãs mais devotados da banda muito satisfeitos e os mais curiosos ansiosos por alguma novidade.

Destaque para as músicas:

- Everybody's On The Run
- If I Had A Gun...
- The Death Of You And Me
- AKA... What A Life!
- Soldier Boys And Jesus Freaks


Até mais ^^

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Kasabian - Velociraptor! (2011)

O quarto albúm da banda britânica Kasabian soa bem diferente de seus anteriores, principalmente se comparado a West Ryder Pauper Lunatic Asylum (2009). Neste novo trabalho o grupo apresenta uma série de músicas que soam mais maduras e coesas, contando com belos arranjos em todas as faixas e conseguindo equilibrar o simples e eficiente com elementos mais complexos de forma muito bem feita.

"Let's Roll Just Like We Used To" abre o disco com um belo solo de Trompete na introdução criando um clima de mistério para o inicio da música que possui uma sonoridade que mistura o Rock dos anos 60 com as trilhas sonoras dos antigos Spaghetti Westerns. Influência que também está presente na quarta faixa do álbum "La Fée Verte", uma baladinha calma e agradável que está entre as melhores do álbum.

"Days Are Forgotten" tem vocal marcante e um dos melhores (senão o melhor) refrão do disco, sendo facilmente cantarolada logo após a primeira audição. A faixa título do álbum, "Velociraptor!" ataca de maneira direta e agressiva, fazendo jus ao nome com suas guitarras distorcidas e sujas.

A viagem sonora de "Acid Turkish Bath (Shelter From The Storm)" parece ter sido inspirada em faixas como "Kashmir" do Led Zeppellin e "Tomorrow Never Knows" dos Beatles. São 6:01 minutos de instrumentos musicais como percussão, violinos, guitarras, baixo, bateria e vocais criando várias camadas sonoras que propiciam ao ouvinte uma grande experiência musical com um dos melhores arranjos dos anos 2000. 

"Re-wired" composta apenas por guitarra, baixo, bateria e vocais fazendo linhas simples e misturando muito bem a levada da música eletrônica com elementos do Rock 'N' Roll é a faixa com mais potencial de ser o grande hit do disco.

Velociraptor! (2011) está sendo muito bem avaliado pela crítica musical, no site AllMusic por exemplo o álbum ganhou quatro estrelas, feito alcançado apenas pelo trabalho de estreia do grupo. Sem dúvida este disco vai ficar marcado como um dos grandes trabalhos do Kasabian e vai estar presente nas listas de melhores álbuns de 2011.

Destaque para as músicas:

- Let's Roll Just Like We Used To
- Days Are Forgotten
- La Fee Verte
- Acid Turkish Bath (Shelter From The Storm)
- I Hear Voices
- Re-wired


Até mais ^^

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Big Talk - Big Talk (2011)

Durante o hiato do The Killers, que inclusive já está em estúdio preparando seu quarto álbum, Brandon Flowers aproveitou para lançar seu primeiro disco solo, intitulado Flamingo (2010). E até Julho deste ano, Flowers era o único membro da banda a lançar um projeto paralelo, até que Ronnie Vannucci, baterista do grupo, lançou o primeiro disco do seu projeto paralelo ao Killers, o Big Talk.

O Big Talk existe em duas formações, sendo a de estúdio com Vannucci nos Vocais, Guitarras, Teclados, Bateria e Percussões e seu amigo de longa data e principal parceiro no projeto Taylor Milne nas Guitarras e Teclados. Ao vivo a dupla se apresenta com os músicos de apoio Alex Stopa (Bateria), Tyson Henrie (Baixo) e John Spiker (Teclados, Guitarras e Backing Vocals).

A sonoridade do grupo é bem variada, tendo elementos de vários gêneros musicais como Indie Rock, Country Music, Pop e Rock dos anos 80. "Katzenjammer" abre o álbum com uma longa introdução instrumental repleta de sons eletrônicos, até a entrada das Guitarras e de belas viradas feitas pela Bateria que dão inicio efetivamente ao disco abrindo caminho para a voz de Ronnie Vannucci que facilmente vai surpreender o ouvinte com seu timbre diferenciado e qualidade vocal.

"Under Water" tem um riff de Guitarra marcante que guia toda a parte instrumental da música, que ainda possui uma melodia vocal muito interessante e o primeiro grande refrão do álbum. "The Next One Living" apresenta um clima muito interessante, lembrando músicas de bandas como Keane principalmente pelo fato de ter o Piano como instrumento condutor.

"Replica" parece ter saido direto dos anos 80 para 2011 e se coloca entre as grandes músicas do disco graças ao seu arranjo muito bem elaborado e sem exageros, e seu ótimo refrão. A sonoridade do The Killers aparece claramente em apenas duas faixas do álbum, sendo elas "White Dove" e "Hunting Season", que apresentam forte influência do Indie Rock dos anos 2000, principalmente no timbre dos Teclados.

O disco foi produzido por Joe Chicarelli (que produziu Angles (2011) do The Strokes) em parceria com Ronnie Vannucci que mostra que além de ser um grande baterista, é um compositor com muito potencial e um ótimo cantor, talentos que ainda podem ser explorados por sua banda principal de forma mais consistente.

Destaque para as músicas:

- Katzenjammer
- Getaways
- Under Water
- The Next One Living
- Replica
- Living In Pictures


Até semana que vem ^^

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

The Kooks - Junk Of The Heart (2011)

A banda inglesa de Indie Rock The Kooks volta aos holofotes com seu terceiro disco intitulado Junk Of The Heart, apresentando a sonoridade leve e agradável que já é caracteristica da banda desde seu disco de estreia e três anos depois do lançamento do seu último trabalho Konk (2008), que foi extremamente bem avaliado pela crítica e adorado pelo público.

Este novo disco não foi tão bem avaliado pelos críticos musicais e apresenta pouco potencial para conquistar novos fãs para o grupo devido a falta de grandes músicas, mas apesar disso o álbum apresenta algumas boas canções que irão sem dúvida agradar aos fãs antigos e a quem não conhece o trabalho da banda.

A faixa título "Junk Of The Heart (Happy)" abre o álbum de maneira tranquila, com uma levada meio praiana feita pelo Violão e com um dos melhores refrões do disco. O arranjo da música chama atenção pelas várias camadas sonoras feitas por sintetizadores que valorizam o clima da faixa. "How'D You Like That" apresenta um ritmo muito interessante e uma bela melodia vocal que valoriza muito a métrica de cada frase cantada pelo vocalista Luke Pritchard.

"Taking Pictures Of You" soa melancólica de forma leve, passando a ideia de uma conversa onde só ouvimos um dos participantes, tudo isso em um belo arranjo que dá ênfase a cada detalhe. "Fuck The World Off" tem uma levada diferente na Bateria que é acompanhada pelo Violão e em alguns momentos pelos vocais.

"Time Above The Earth" é sem dúvida alguma a música mais bonita do álbum, trazendo somente a voz e uma Orquestra de Cordas com alguns toques de Tímpanos. A introdução da faíxa já prende o ouvinte em seus primeiros segundos, mas infelizmente a duração da música é de apenas 1:51 minutos. "Runaway" é bem diferente do restante das músicas do grupo e vai agregando aos poucos novos elementos sonoros a faixa.

Este é um ótimo disco, apesar de não superar os anteriores ele apresenta seu valor na discografia da banda graças a sua sonoridade diferente e por gerar curiosidade em quem acompanha a banda em relação ao próximo álbum de inéditas do grupo que ainda está por vir.

Destaque para as músicas:

- Junk Of The Heart (Happy)
- How'D You Like That
- Taking Pictures Of You
- Is It Me
- Petulia
- Mr. Nice Guy


Até mais ^^

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Peter Bjorn And John - Gimme Some (2011)

Em meados de 1999 na cidade de Estocolmo, Suécia, Peter Morén (Guitarra, Vocais e Harmônica), Björn Yttling (Baixo, Teclado e Vocais) e John Eriksson (Bateria, Percussão e Vocais) formaram o trio de Indie Rock que viria a se chamar Peter Bjorn And John. 12 anos após a formação do grupo, os suecos lançam o álbum Gimme Some, um conjunto de 11 músicas que já está sendo considerado por muita gente um dos melhores álbuns lançados em 2011.

O disco apresenta uma sonoridade muito particular do trio, principalmente em relação aos vocais, que apresentam um certo tratamento sonoro feito em estúdio que usa e abusa de efeitos e equalizações que em alguns momentos remetem a uma sonoridade mais retrô.

"Tomorrow Has To Wait" dá inicio aos trabalhos com um riff que dá caracteristica rítmica a música e apresentando logo no início do álbum um dos melhores refrões do disco, simples, bem marcado, fácil de ser cantado e em um clima muito agradável. Em seguida "Dig A Little Deeper" inicia com um pequeno "solo" de Bateria que abre caminho para a Guitarra em ritmo latino que no refrão é seguido pela Bateria em uma levada muito interessante.

"Second Chance" é guiada pelo ritmo do Cowbell e apresenta um dos melhores arranjos do disco, com uma frase rítmica bem marcada em toda faixa, principalmente no refrão, que caracteriza a música. "Breaker, Breaker" vem com um andamento até então não visto no disco, rápida e cheia de melodias conquista com facilidade qualquer ouvinte e um lugar de destaque na tracklist do álbum.

"May Seem Macabre" é cheia de camadas sonoras e climas, segurando um pouco a onda de quem vem embalado pela faixa anterior, mas ao mesmo tempo mostra uma das músicas mais complexas do álbum, cheia de nuances e detalhes. "(Don't Let Them) Cool Off" lembra muito o Rock dos anos 70/80, tanto em seu ritmo como em sua sonoridade. Para finalizar o disco "I Know You Don't Love Me" chega de leve e mostra que o trio guardou para o final mais um grande arranjo e um ótimo refrão.

Sem dúvida alguma o grupo sueco já está entre os grandes artistas dos anos 2000, e se continuar lançando bons álbuns como este último, como certeza será uma das grandes bandas das últimas décadas.

Destaque para as músicas:

- Tomorrow Has To Wait
- Dig A Little Deeper
- Second Chance
- May Seem Macabre
- Down Like Me
- I Know You Don't Love Me


Até mais ^^

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

The Rural Alberta Advantage - Departing (2011)

The Rural Alberta Advantage é um trio canadense de Indie Rock formada em 2005 com os dois pés fincados no Folk. Departing lançado em março deste ano é o segundo álbum da discografia do grupo e o primeiro lançado diretamente por uma gravadora. O disco de estreia do grupo Hometowns (2008) foi lançado primeiramente de forma independente e em 2009 foi relançado pela gravadora que agora lança Departing, a Saddle Creek nos EUA e Paper Bag Records no Canadá.

A primeira coisa que me chamou atenção neste álbum foi a capa, que é a foto de uma estrada em um dia de tempestade de neve com um carro praticamente escondido na cortina branca criada pela névoa. Um trabalho gráfico extremamente simples, mas muito bonito e combinando perfeitamente com o título do disco.

"Two Lovers" abre o álbum de forma tranquila em um arranjo bem Folk marcado pelo Violão e pelo acompanhamento da Bateria em uma levada simples, acentuando os pontos merecidos da faixa, além de várias camadas sonoras criadas por Teclados e Sintetizadores. "The Breakup" aumenta drasticamente o ritmo do disco como sua levada rápida e seu refrão marcante.

"Under The Knife" apresenta um arranjo instrumental muito simples nas estrofes e dá ênfase a melodia vocal em praticamente toda a faixa, a exceção fica com uma parte toda instrumental um pouco mais elaborada que acaba virando o refrão da música graças a melodia tocada pelo Glockspiel. "North Star" chama atenção principalmente na segunda parte, mas desde o início se mostra como uma ótima música.

"Stamp" vem com um ritmo frenético feito pela Bateria, belas melodias e harmonias instrumentais e vocais que a colocam entre as melhores do álbum. "Tornado" tem um dos melhores refrões do disco e é muito bem interpretada pelo vocalista Nils Edenloff, que não possui um timbre de voz muito agradável a primeira audição, mas seu timbre e maneira de cantar combinam muito bem com a sonoridade do trio e lembram vagamente o grande Bob Dylan, assim como a faixa "Barnes' Yard" que em um andamento um pouco mais lento combinaria perfeitamente com esse mestre da música Folk.

Com seu pouco tempo de estrada e apenas dois álbuns lançados o The Rural Alberta Advantage já tem todas as armas para ganhar a simpatia de várias pessoas e conquistar alguns fãs ao redor do mundo com suas belas melodias e ritmos que caracterizam a sonoridade da banda.

Destaque para as músicas:

- Two Lovers
- The Breakup
- Stamp
- Barnes' Yard
- Coldest Days

 

Até mais ^^

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Incubus - If Not Now, When? (2011)

Após meia década de hiato, os americanos do Incubus voltam a ativa com o disco If Not Now, When?, um trabalho sem grandes hits e músicas mais pesadas como as já aclamadas "Megalomaniac" e "Look Alive" mas que já pode ser reconhecido como uma fase da carreira da banda.

A maioria das faixas deste álbum são suaves e calmas, sem momentos mais pesados, mas apresentando belos arranjos que complementam as melodias vocais do vocalista Brandon Boyd de maneira muito bem feita.

A faixa título "If Not Now, When?" abre o álbum em um 4/4 leve e bem marcado pela Bateria, além de apresentar uma grande presença de elementos eletrônicos e cordas criando várias camadas sonoras juntos com os demais instrumentos da banda. O segundo single do disco "Promises, Promises" vem em seguida com um grande arranjo, que caracteriza bem a sonoridade do Incubus, e traz um daqueles refrões bem grudentos que fazem o ouvinte ficar cantarolando por horas.

"Friends And Lovers" é sem dúvida uma das faixas mais bonitas deste trabalho da banda como sua Guitarra bem tranquila fazendo melodias simples que dão cara a música. "Isadore" poderia ter menos sons de Bateria eletrônica em suas estrofes, ou simplesmente sons mais suaves, deixando todas as partes da faixa equilibradas e igualmente interessantes.

"Defiance" tem uma pegada meio Bon Jovi, meio Country, contando apenas com Voz e Violões em seu arranjo fazendo o simples e eficiente. Em "In The Company Of Wolves" tem 07:34 minutos, tendo em sua primeira metade chegadas e partidas em uma melodia vocal melancólica acompanhada de um ótimo instrumental e na segunda metade um clima de suspense marcado principalmente pelo riff de Guitarra. Mais para o final do disco aparecem ainda as ótimas "Switchblade", com sua introdução meio Rap Rock, e "Adolescents", primeiro single do disco graças ao seu grande refrão.

If Not Now, When? não é o melhor disco do Incubus, mas tem seu valor na discografia da banda por apresentá-la em uma roupagem mais madura e com o objetivo de fazer música sem se preocupar com o que os outros estão pensando.

Destaque para as músicas:

- If Not Now, When?
- Promises, Promises
- In The Company Of Wolves
- Switchblade
- Adolescents
- Tomorrow's Food


Até mais ^^

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Red Hot Chili Peppers - I'm With You (2011)

O novo disco do Red Hot Chili Peppers, I'm With You, é sem dúvida um dos mais esperados lançamentos de 2011, principalmente por dois motivos: 

1) Por ser um disco do RHCP;
2) Por ser o segundo disco da banda sem o guitarrista John Frusciante, desde que o mesmo se juntou ao grupo em 1988.

Relembrando a primeira vez que isso aconteceu, em 1992, onde o guitarrista foi substituido por Dave Navarro, do Jane's Addiction, que gravou e tocou na turnê do disco One Hot Minute (1995). Desta vez Frusciante foi substituído por Josh Klinghoffer, que já vinha tocando com a banda na turnê do disco Stadium Arcadium (2006) como guitarrista de apoio. 

Se o álbum de 2006 era repleto de guitarras virtuosísticas, cheias de complexidade e detalhes, em I'm With You as guitarras são extremamente econômicas se comparadas as gravações feitas por Frusciante, passando o bastão de principal virtuose da banda para o baixista Flea, que desempenha esse papel muito bem já na primeira faixa do disco, "Monarchy Of Roses" com seu Baixo frenético e levada de Bateria dançante.

"Factory Of Faith" parece ter sido feita para tocar em festas, contando com instrumentos eletrônicos e com uma melodia vocal muito interessante. "Brendan’s Death Song" começa com uma bela introdução tocada pelo Violão do novo integrante da banda, sendo essa sua primeira aparição de destaque, fora isso a faixa tem um dos melhores refrões do disco acompanhado de um belo arranjo.

"Look Around" tem a maioria das características que tornaram o RHCP a banda de destaque que é atualmente e "The Adventures Of Rain Dance Maggie", primeiro single do álbum, vem cheia de percussão e com o vocalista Anthony Kiedis fazendo sua clássica linha vocal mesclando Rock e Rap. A melhor performance da banda como um todo está em "Goodbye Hooray", uma metralhadora de virtuosismo e técnica instrumental. "Happiness Loves Company" apresenta um grande arranjo e mais um refrão muito bem elaborado.

Definitivamente I'm With You é um disco totalmente diferente de todo resto da discografia da banda, inclusive o próprio baterista da banda, Chad Smith, declarou que "Essa é uma nova banda. Com o mesmo nome, mas é uma banda nova." devido as mudanças que aconteceram. A entrada de Josh Klinghoffer trouxe ao grupo uma sonoridade mais econômica, o que acaba dando mais destaque aos momentos de virtuosismo dos integrantes.

Destaque para as músicas:

- Monarchy Of Roses
- Factory Of Faith
- Brendan’s Death Song
- Annie Wants A Baby
- The Adventures Of Rain Dance Maggie
- Goodbye Hooray
- Happiness Loves Company



Até mais ^^

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Frank Turner - England Keep My Bones (2011)

Frank Turner é um cantor e compositor inglês que participou da banda de Punk Rock Million Dead, e que desde 2005 tem seu projeto solo, onde vem apresentando uma sonoridade mais Folk mesclada com elementos da música Pop e do próprio Rock 'N' Roll. A primeira coisa que chama atenção neste álbum é a voz de Frank Turner que soa perfeita para todas as músicas do disco, desde as mais calmas até as mais pesadas.

"Eulogy" abre o álbum de forma muito bonita e suave, em harmonias doces e leves, onde logo o cantor entra destilando seu sotaque inglês e abrindo caminho para as guitarras distorcidas que encaminham para fim da faixa que praticamente grudada com a segunda música do disco, "Peggy Sang The Blues", extremamente agradável e com uma sonoridade bem Pop marcada por um belo arranjo.

O primeiro single do álbum, "I Still Believe" é uma ode ao bom e velho Rock 'N' Roll, citando Elvis, Jerry Lee Lewis e Johnny Cash como santos e afirmando que o Rock salva a todos nós (Now who'd have thought that after all / Something as simple as rock 'n' roll would save us all / And who'd have thought that after all, it was rock 'n' roll).

"I Am Disappeared" é uma das melhores do disco, mas fica interessante mesmo depois da metade, com a entrada de toda banda complementando o arranjo. "English Curse" é cantada sem acompanhamento instrumental e contando uma história como faziam os trovadores da era medieval, além de ser interessante por sua rítmica e pelo sotaque inglês destacado do músico.

"One Foot Before The Other" começa só com voz e violão, mas em poucos segundos a banda entra com muito peso, principalmente nas guitarras distorcidas, apresentando um dos melhores refrões do álbum. "If Ever I Stray" lembra aquelas músicas típicas cantadas por ingleses e irlandeses nos pubs como celebração de suas raízes. "Redemption" é a penúltima música do álbum e a mais bonita deste trabalho de Frank Turner, principalmente devido as melodias vocais e instrumentais presentes em seu arranjo.

Este é o quarto álbum do artista inglês, mas foi o primeiro a ganhar projeção em nível mundial graças a vários comentários na internet e as ótimas críticas que o disco recebeu da imprensa musical em revistas como a NME e em sites como o AllMusic.

Destaque para as músicas:

- Peggy Sang The Blues
- I Still Believe
- I Am Disappeared
- One Foot Before The Other
- If Ever I Stray
- Redemption


Até mais ^^

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

CAKE - Showroom Of Compassion (2011)

Showroom Of Compassion é o sexto álbum da banda americana CAKE, que apresenta uma sonoridade muito particular se comparada a outras bandas de Rock devido as inúmeras influências que os integrantes do grupo passam para suas composições, passeando pelo Rock, Funk, Hip-Hop e Country Music.

A formação incomum chama atenção, tendo John McCrea nos vocais, Vince DiFiore no Trompete, Xan McCurdy na Guitarra, Gabe Nelson no Baixo e Paulo Baldi na Bateria. Showroom Of Compassion foi lançado pela gravadora da própria banda, a Upbeat Records, e foi o primeiro álbum do grupo a estrear e chegar ao primeiro lugar da Billboard 200, onde ficou durante uma semana devido as 44.000 cópias vendidas na semana do lançamento.

"Federal Funding" abre o disco com um riff marcante e com uma pegada puxando para o Rock Clássico contando com a presença de um Orgão logo no começo e acrescentando metais na parte final, tudo isso acompanhado de uma letra simples e direta. "Long Time" chama atenção por sua batida eletrônica dançante e pelas belas harmonias vocais presentes ao longo da faixa.

A baladinha "Got To Move" tem um arranjo muito bonito e uma melodia vocal muito suave em um ritmo agradável e interessante. Em "What's Now Is Now" a banda faz um cover de Frank Sinatra, trazendo a música deste grande artista para o século XXI.

"Mustache Man (Wasted)" é uma das melhores músicas do disco e lembra muito as composições de artistas como Beck e Ben Kweller. A instrumental "Teenage Pregnancy" apresenta um grande arranjo com várias camadas sonoras e mudanças de clima. "Bound Away" poderia muito bem ter sido composta e gravada por um grupo Country qualquer, mais uma faixa muito agradável aos ouvidos e com belas partes instrumentais.

O CAKE é mais uma das bandas que estão ganhando destaque mundial atráves de bons trabalhos, mas ao contrário da maioria das outras boas bandas que surgiram nos últimos anos, que possuem pouco tempo de carreira, o CAKE já está na estrada desde 1991 e está experiência faz toda diferença na hora de dar continuidade aos grande feitos de um grupo.

Destaque para as músicas:

- Federal Funding
- Long Time
- Got To Move
- Mustache Man (Wasted)
- Bound Away
- Italian Guy


Até mais ^^

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Cage The Elephant - Thank You, Happy Birthday (2011)

Para comemorar o primeiro aniversário do blog, escolhi por coincidência o segundo disco da banda americana Cage The Elephant, intitulado Thank You, Happy Birthday lançado em Janeiro deste ano. A banda foi formada em 2006 e faz parte, assim como o Yuck, da chamada "Volta Dos Anos 90". A sonoridade da banda apresenta influências de bandas como Oasis, Pixies e Smashing Pumpkins com algumas pitadas de Arctic Monkeys e Kasabian. 

Este disco foi, merecidamente, bem avaliado pela crítica musical, ganhando três estrelas e meia tanto no site AllMusic quanto na edição americana da revista Rolling Stone, além de estrear em segundo lugar na Billboard 200.

"Always Something" abre o disco com muitos elementos eletrônicos e um refrão grudento que faz qualquer um querer ouvir a música várias vezes. "Aberdeen" vem em seguida recheada de influências dos anos 90, com mais um ótimo refrão e uma estrutura instrumental muito bem feita.

"Shake Me Down" foi o primeiro single do álbum e chama a atenção por seu começo calmo com intervenções mais pesadas durante a faixa, até a entrada em definitivo de toda banda de maneira grandiosa, valorizando cada detalhe do arranjo que conta com a participação de um naipe de metais. "2024" com sua introdução que vai acelerando aos poucos lembra muito algumas músicas de bandas como The Vaccines.

A acelerada "Sell Yourself" apresenta mais um grande refrão deste segundo trabalho da banda. "Rubber Ball" é calma e aconchegante, ideal para momentos tranquilos. "Rught Before Your Eyes" tem um dos melhores arranjos de todo o disco e se torna facilmente uma das preferidas do ouvinte.

Cage The Elephant é mais um exemplo de banda nova que está conquistando público pela qualidade musical ao invés de acompanhar uma moda passageira, como muitas bandas novas fazem, e estão ai para surpreender a todos que diziam que não existem mais boas bandas de Rock.

Destaque para as músicas:

- Always Something
- Aberdeen
- Shake Me Down
- Sell Yourself
- Around My Head
- Japanese Buffalo


Até mais e que venha o segundo ano de O Músicofilo ^^

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Bon Iver - Bon Iver (2011)

O multi-instrumentista Justin Vernon fundou a banda Bon Iver em 2007, mesmo ano em que lançou de forma independente primeiro álbum do grupo, For Emma, Forever Ago (2007), e a partir deste momento chamou os também multi-instrumentistas Sean Care, Michael Noyce e Matthew McCaughan para serem parte da banda nas apresentações ao vivo e gravações futuras. 

O segundo disco do grupo, Bon Iver (2011), lançado em Junho deste ano vem cheio do que a critica chama de Indie Folk. Este é um álbum muito gostoso de ouvir, passa uma sensação de leveza e calma em todas as músicas e conta com inúmeros instrumentos para compor os seus belos arranjos.

"Perth" inicia o disco com uma bela introdução feita pelas Guitarras em um riff delicado que antecipa a melodia do refrão. Os vocais desta faixa deixam claro qual será o clima do álbum e as frases rítmicas feitas por toda a banda chamam a atenção do ouvinte. "Minnesota, WI" soa como uma continuação da faixa de abertura na introdução, mas logo muda de sonoridade passando por diversas paisagens sonoras.

A introdução de "Holocene" tem os dois pés na música Folk, mas logo adiciona elementos eletrônicos de forma bem leve para incrementar as camadas sonoras do arranjo junto com os outros instrumentos da banda e alguns instrumentos de orquestra. "Towers" é uma das melhores faixas do disco, com ótimos vocais fazendo uma bela melodia e a partir da metade crescendo de forma impressionante. A última música do álbum "Beth / Rest" chama atenção por ter uma sonoridade muito anos 80, desde o Teclado, passando pelas partes da Guitarra e especialmente pelos efeitos no vocal.

Conheci o trabalho da banda por acaso através da página da Wikipedia de discos lançados em 2011, vi que haviam lançado um disco este ano e resolvi ir atrás para ouvir, confesso que essa foi mais uma das boas surpresas que tive esse ano, mais uma ótima banda com um ótimo disco.

Destaque para as músicas:

- Perth
- Minnesota, WI
- Holocene
- Towers
- Calgary


Até mais ^^

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Death Cab For Cutie - Codes And Keys (2011)

O Death Cab For Cutie é uma das bandas Indie mais amadas do público desse gênero, e com o disco lançado em Maio deste ano fica claro o potencial da banda para conquistar ainda mais admiradores. O grupo demonstra que continua sofrendo de amor nas canções deste álbum, mas desta vez de uma forma menos depressiva e mais elegante.

O disco foi gravado do decorrer de 2010 e ao contrário da maioria das bandas que gravam o disco todo em um único estúdio, o Death Cab For Cutie gravou este trabalho em oito estúdios diferentes, fato que poderia prejudicar a sonoridade do álbum como um todo, mas felizmente isso não acontece, a mixagem do disco foi muito bem feita por Alan Moulder (que co-produziu o disco Ritual do White Lies e fez a mixagem do último disco do Foo Fighters Wasting Light).

O álbum é aberto pela sombria "Home Is A Fire" que repete as partes instrumentais por quase toda a faixa adicionando algumas novas, o mais intrigante é que essa música teria todos os elementos para ser monótona e cansativa, mas a banda consegue fazer de uma forma interessante e quase hipnótica que prende a atenção do ouvinte.

"Codes And Keys" tem um clima suave e gostoso de ouvir, agradando facilmente qualquer pessoa. O ritmo do Piano, a levada de Bateria e o arranjo de cordas que complementa o arranjo de forma maravilhosa são os destaques da faixa. "Doors Unlocked And Open" tem uma longa introdução, que vai adicionando elementos instrumentais durante quase 1:30 minutos, onde a faixa realmente começa chegando ao refrão que chama atenção por sua força e potencial pop.

O primeiro single "You Are A Tourist" além de ser a melhor música do disco, teve seu clipe feito em um único take de gravação, não contando com nenhuma edição ou refilmagem posterior, todo o clipe foi ensaiado como uma peça de teatro onde cada personagem tinha suas marcações e as câmeras filmando só os lugares pré-determinados. A gravação do clipe foi toda transmitida pela internet e o que foi visto ao vivo é o mesmo que se vê no clipe.

O Death Cab For Cutie se mostra como uma das melhores bandas que surgiram para o grande público nos últimos anos e Codes And Keys deixa claro a intenção da banda de alcançar um público cada vez maior, mas sem deixar de lado seus princípios e as características que conquistaram seus fãs mais fiéis.

Destaque para as músicas:

- Home Is A Fire
- Codes And Keys
- Doors Unlocked And Open
- You Are A Tourist
- Monday Morning
- Underneath The Sycamore


Até mais ^^

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Yuck - Yuck (2011)

A banda britânica Yuck surgiu em 2009 e lançou no começo deste ano o seu primeiro álbum, entrando para o grupo que está sendo denominado pela critica musical como "A Volta Dos Anos 90", junto com outras bandas como Cage And The Elephant e The Joy Formidable, que ganharam essa denominação por terem sua sonoridade inspirada em bandas como Pavement, Pixies, Hole, Oasis, Nirvana, e no caso da Yuck, as influências mais visíveis são das bandas Dinosaur Jr e Sonic Youth.

A banda é formada por Daniel Blumberg (Vocal e Guitarra), Ilana Blumberg (Vocal), Max Bloom (Vocal e Guitarra), Mariko Doi (Baixo) e Jonny Rogoff (Bateria). O álbum começa com uma enxurrada de distorção na ótima "Get Away", deixando o ouvinte de queixo caído com a sonoridade direta e o peso absurdo aliados a um refrão extremamente pop e grandes melodias vocais. "The Wall" mantém a sonoridade distorcida da primeira faixa em uma letra que se repete várias vezes e abre caminho para uma parte instrumental que soa muito bem.

"Suicide Policeman" começa só com voz e violão de forma leve e suave, e essa sonoridade é mantida durante toda a faixa, mesmo com a entrada dos demais instrumentos da banda. "Georgia" vem com um ótimo e melodioso dueto vocal e o som distorcido e sujo que é a caracteristica principal da banda.

"Operation" tem um riff de guitarra que caracteriza a faixa e uma estrutura muito bem elaborada para destacar todas as partes da música. O grupo mostra que sabe tocar sem usar tanta distorção na baladinha "Sunday", em um arranjo muito leve, agradável e feito para ser ouvido em qualquer ocasião.

Apesar de serem muito jovens e com pouco tempo de carreira os membros da banda já são destaque na mídia especializada e considerados grandes promessas do mundo da música. Para os fãs das bandas dos anos 90 que a muito tempo não encontravam uma banda com a qual se identificassem, o Yuck é definitivamente a melhor opção.

Destaque para as músicas:

- Get Away
- The Wall
- Holing Out
- Suicide Policeman
- Georgia
- Operation



Até semana que vem ^^

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Raphael Saadiq - Stone Rollin' (2011)

Raphael Saadiq é um vocalista, guitarrista e compositor americano que trouxe de volta aos holofotes o R&B (Rhythm and Blues) com sonoridade dos anos 60 e inspirado pelos clássicos da maior gravadora do gênero, a Motown.

O disco vem repleto dos elementos que formam o R&B moderno, uma mistura muito bem feita de Rock, Funk e Blues, em uma sonoridade vintage que faz parecer que o álbum foi gravado na época de ouro da Motown, mas sem abrir mão da qualidade sonora.

"Heart Attack" inicia o disco com guitarras entrando do contratempo em cima de uma base instrumental bem marcada e dançante. A presença do Mellotron no arranjo dá a faixa um toque especial. A melancólica "Go To Hell" é uma das melhores do álbum, apresentando um dos melhores arranjos com várias camadas sonoras compostas por instrumentos como Harpa, naipe de Metais e um grupo de backing vocals.

O primeiro single do disco "Radio" chama atenção por sua sonoridade dançante, com pitadas de Surf Music e pela forma como a letra é cantada, com Saadiq cantando primeiro e em seguida suas backing vocals repetindo a mesma frase, assim como fazia Ray Charles. "Over You" tem uma ótima melodia vocal e um arranjo muito bem elaborado.

A faixa título "Stone Rollin'" tem uma pegada mais voltada para o Blues, isso fica claro na levada da Bateria e na presença da Harmônica reforçando a caracteristica do gênero. "Just Don't" é uma das músicas que mais remete aos grandes sucessos da gravadora Motown, além de um grande arranjo, essa faixa tem um dos melhores refrões do álbum. "The Answer" tem um instrumental espetacular, provavelmente o mais bonito de todo o disco, e que foi usado na hora certa, para marcar o final do álbum junto com a faixa escondida "The Perfect Storm", uma pitada de Soul Music para dar adeus de forma leve e agradável.

Raphael Saadiq tem 45 anos e começou a ser reconhecido mundialmente só agora com esse disco, ele ainda não é um sucesso devastador com milhões de copias vendidas, mas já tem a admiração de grandes nomes do mundo da música como The Rolling Stones, o que com certeza significa alguma coisa.

Destaque para as músicas:

- Go To Hell
- Radio
- Stone Rollin'
- Just Don't
- The Answer


Até a próxima ^^