quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O que esperar em 2011?

Sempre que chega essa época do ano todo mundo começa a pensar em como foi o ano que passou e cria expectativas para o ano que começa... aqui não tem por que ser diferente...

Analisando o mundo da música no ano de 2010, no geral foi um ano bom, não foi ótimo como eu gostaria, mas fazer o que... Tivemos grandes lançamentos, de várias bandas e artistas como: Jack Johnson, Slash, MGMT, The Black Keys, Maroon 5, Weezer, Arcade Fire e Kings Of Leon, que certamente estarão nas listas de melhores álbuns de 2010 juntamente com inúmeros outros.

Também surgiram novos nomes no cenário mundial, como sempre alguns bons e outros nem tanto, Lady Gaga ganhou força como ícone pop, Justin Bieber como ídolo teen e no Brasil como havia previsto numa conversa com uma amigo no final de 2009, o Sertanejo Universitário perdeu força e surgiu um novo movimento ligado ao Rock, os coloridos ou Happy Rock, enfim... Restart, Cine e outras bandas genéricas que assim como no Sertanejo vão se copiando e se repetindo.

Em 2011 a música mundial espera grandes lançamentos como os novos discos do U2, Arctic Monkeys, The Strokes, Red Hot Chili Peppers, Foo Fighters e Coldplay (esses são os que eu espero mais ansiosamente). Grandes shows estão previstos para passarem pelo Brasil, o Rock In Rio volta a sua cidade natal trazendo Metallica, Motorhead, Coldplay, Snow Patrol e outras bandas a serem confirmadas, mas independentemente disso em 2010 vários artistas passaram por aqui como Paul McCartney, Bon Jovi e Rush e não há motivo para ser diferente nesse novo ano, pois cada vez mais o Brasil entra na rota das atrações internacionais. Além do retorno aos palcos de bandas em "férias" como o Foo Fighters, The Killers e o The White Stripes.

Tenho algumas previsões para 2011 como por exemplo a decadência do movimento Happy Rock/Colorido e o surgimento de um novo movimento também relacionado ao Rock se opondo aos antecessores (assim como o Happy Rock se opôs ao Emo), de que maneira? acredito que com uma seriedade maior na produção musical e menos cores na vestimenta. Posso errar minha previsão, mas não custa torcer para que isso aconteça ^^

Enfim, vamos torcer para que 2011 seja um ótimo ano para a música nacional e internacional, e que a industria musical se preocupe em conciliar a quantidade de dinheiro que um artista pode render com qualidade musical que ele produz e que todos queremos ouvir.


Até a próxima e Feliz Ano Novo!!! ^^

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

1973 - Bye Bye Cellphone (2010)

O 1973 é um trio de músicos franceses que tem seu som baseado na mistura de elementos da música Folk e Indie Pop moderna com forte influência da música dos anos 70.

Não consegui encontrar muitas informações sobre a banda, sendo que nem um artigo na Wikipedia o grupo possui.

A voz do vocalista me lembrou por algum motivo a de John Lennon, mas independente disso é muito agradável de ouvir e o arranjo das músicas acompanha a suavidade da voz quase sussurrada.

No geral é um álbum muito tranquilo e que cai bem em qualquer ocasião. "Vegas", primeira música do disco, não acompanha o ritmo da cidade que a nomeou, é calma e cresce no refrão sem precisar de volume ou peso. "September" segue com a calmaria embalada pelo violão.

A faixa título "Bye Bye Cellphone" tem um arranjo muito bem feito e se destaca das demais com um ótimo refrão. O álbum tem mais duas versões desta música, dois remixes colocados como bonus track, mas a versão original supera ambas em todos os quesitos.

O disco é resultado de dois EP's lançados pela banda desde 2007, então possui várias músicas boas como a melancólica "Princes" e a animadinha "Sexy Plane". "Little Sis'" destaca o lado Folk da banda sendo a música mais "bonitinha" do álbum, e em seguida "Simple Song (For a Complicated Girl)" dá destaque para o banjo e os teclados.

O 1973 é uma banda com apenas três anos, tendo muita estrada pela frente e com certeza muitas oportunidades de mostrar seu trabalho ao grande público.

Destaque para as músicas:

- Vegas
- September
- Bye Bye Cellphone
- Princes
- Sexy Plane
- Little Sis'
- Simple Song (For a Complicated Girl)
- Little Things To Take Away


Feliz Natal e até a próxima ^^

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

The Raconteurs - Consolers Of The Lonely (2008)

 

Jack White é sem dúvida alguma um dos caras que mais trabalha no mundo da música. Faz parte de três bandas: The White Stripes, The Raconteurs e The Dead Weather, e atualmente está trabalhando em mais um projeto com o músico e produtor Danger Mouse com disco previsto para 2011.

Como se isso tudo não bastasse, ele ainda arranja tempo para atacar como homem de negócios tendo sua própria gravadora, a Third Man Records.

Mas o The Raconteurs não é só Jack White, tendo em sua formação mais três ótimos músicos: Patrick Keeler (bateria), Brendan Benson (guitarra e vocais) e Jack Lawrence (baixo).

Esse segundo álbum da banda vem repleto de boas músicas, "Consolers Of The Lonely" inicia o disco com uma levada de bateria marcante que prende a atenção do ouvinte logo de cara. "Salute Your Solution" chega com um ótimo riff de guitarra e mostra o melhor do lado roqueiro da banda.

"You Don't Understand Me" é um pouco mais calma, tem um arranjo muito bem feito dando destaque ao piano tocado por White, que faz um solo de uma nota só no final da música. "Old Enough" tem um pé na Country Music que é representada pelo violino tocado durante quase toda música. Em seguida vem "The Switch And The Spur" com um belo arranjo de metais que dá brilho a faixa.

Considero esse um dos melhores álbuns dos anos 2000 e o disco que elevou o The Raconteurs ao patamar de banda com relevância no mundo da música, não só por ser o projeto paralelo de Jack White, mas por apresentar uma qualidade enorme em suas músicas.

Destaque para as músicas:

- Consolers Of The Lonely
- You Don't Understand Me
- Old Enough
- The Switch And The Spur
- Top Yourself
- Many Shades Of Black
- Five On The Five
- Pull This Blanket Off
- Rich Kid Blues


Até mais ^^

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Phoenix - Wolfgang Amadeus Phoenix (2009)

Nunca tinha ouvido falar sobre a banda Phoenix, mas quando li a crítica sobre esse disco na revista Rolling Stone o que mais me chamou a atenção foi o nome do álbum, clara referência ao compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart.

Esse é o quarto disco da banda e vem repleto de músicas empolgantes e que agradam facilmente até aos ouvidos mais exigentes. O grupo nascido na França tem em sua formação músicos de alta qualidade, sendo que um deles, o guitarrista Laurent Brancowitz, teve anteriormente ao Phoenix uma banda chamada Darlin com os caras que hoje são integrantes do grupo Daft Punk.

O disco tem somente 10 faixas, mas já começa com um trio de músicas que deixam o ouvinte impressionado logo de cara: "Lisztomania" faz referência a outro compositor erudito, Franz Liszt, que causava em seu público um tipo de "Beatlemania do século XIX" com suas performances virtuosísticas, a música apresenta um ótimo arranjo e vicia logo na primeira audição. "1901" vem em seguida com uma combinação de teclados e guitarras que caracterizam a música pela sonoridade e ritmo ligados a um ótimo refrão. Para fechar o arrebatador trio inicial a dançante "Fences" garante seu lugar como uma das melhores do disco.

O álbum foi muito bem recebido pela crítica faturando o Grammy de Melhor Álbum Alternativo e ficando na terceira posição na lista dos 25 melhores álbuns de 2009 da revista Rolling Stone. A banda está conquistando cada vez mais público e se continuar produzindo ótimos discos como este, conseguirá seu lugar entre os artistas preferidos de várias pessoas.

Destaque para as músicas:

- Lisztomania
- 1901
- Fences
- Lasso
- Countdown
- Girlfriend
- Armistice


Até a próxima ^^

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

The Fratellis - Costello Music (2006)

O The Fratellis é uma banda escocesa com dois álbuns lançados, Costello Music (2006) e Here We Stand (2008), os dois com ótimas músicas.

A banda é formada por três ótimos músicos que adotaram o nome da banda como sobrenome, Jon Fratelli (Guitarra e Vocal), Barry Fratelli (Baixo) e Mince Fratelli (Bateria), e apresentam uma sonoridade influênciada pelo Rock, principalmente britânico, da década de 60 e 70.

A versão normal do álbum vem com 13 músicas, "Henrietta" abre o disco mostrando toda força do trio e deixando claro suas características principais. "Flathead" foi lançada como single, tocou em várias rádios e teve clipe na MTV brasileira, essa sem dúvida é a música mais conhecida do grupo ao lado de "Chelsea Dagger" quarta faixa do álbum e uma das melhores músicas do grupo.

"Whistle For The Choir" é a música mais leve do disco, uma canção romântica embalada por violão e com um ótimo solo de bandolim que fica na cabeça por um bom tempo. "For The Girl" vem com um riff simples mas muito bem elaborado que dá forma a toda a música.

O grupo está em hiato desde 2009 e infelizmente sem previsão de volta aos palcos, mas fico na torcida pela volta ouvindo os dois ótimos trabalhos da banda.

Destaque para as músicas:

- Henrietta
- Whistle For The Choir
- Chelsea Dagger
- For The Girl
- Doginabag
- Creepin Up The Backstairs
- Everybody Knows You Cried Last Night
- Baby Fratelli


Até mais ^^

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

She & Him - Volume Two (2010)

Existem vários atores e atrizes que se arriscam em uma carreira musical como Scarlett Johansson, Bruce Willis e Steven Seagal...

Mas Zooey Deschanel é sem dúvida a que mais chamou atenção no mundo da música, não só por ser conhecida, mas pela qualidade vocal e das composições que apresenta em seu duo formado com o compositor, guitarrista e produtor M. Ward.

Esse é o segundo álbum do She & Him (como o nome já deixa claro), e no geral apresenta um Folk Rock com pitadas de Surf Music que soa muito leve e agradável para qualquer ocasião. É um ótimo disco para ouvir quando se está estressado por ter um efeito relaxante em boa parte causado pela suavidade da voz de Zooey Deschanel e das guitarras de M. Ward.

"Thieves" abre o disco de forma tranquila em um arranjo muito bem feito, valorizando os pontos fortes da sonoridade do grupo. A segunda música do disco "In The Sun", foi usada como single e  é a melhor do álbum, com um refrão muito bem elaborado e até meio grudento.

O disco todo vem recheado de ótimas músicas e pode ser ouvido durante vários dias  seguidos que não soa repetitivo e/ou chato, fazendo com que Zooey Deschanel seja além de uma grande atriz, uma grande cantora.

Destaque para as músicas:

- Thieves
- In The Sun
- Don't Look Back
- Lingering Still
- Gonna Get Along Without You No
- Over It Over Again


Até a próxima ^^

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Taylor Hawkins And The Coattail Riders - Red Light Fever (2010)

Taylor Hawkins é o baterista do Foo Fighters e assim como Chris Shiflett, guitarrista da banda, aproveitou as “férias” do grupo (que já anunciou a volta aos palcos em 2011), para lançar um disco de seu projeto paralelo, a banda Taylor Hawkins And The Coattail Riders. 

Esse é o segundo disco do grupo e na minha opinião é muito melhor que o primeiro. Neste trabalho Taylor mostra que é capaz de compor músicas tão boas quanto as de sua banda principal e sua voz rouca encaixa perfeitamente nos arranjos. 

As músicas deixam evidentes as principais influencias musicais de Taylor Hawkins, a maioria soa como uma mistura de Foo Fighters e Queen, com uma pitada de Rush. Não é a toa que como artistas convidados do álbum estejam Brian May e Roger Taylor do Queen e Dave Grohl do Foo Fighters ajudando nas guitarras e vocais do disco. 

O álbum vem com 12 faixas, a primeira "Not Bad Luck" lembra muito as músicas do Queen, principalmente no refrão, mas nenhum dos dois integrantes da banda está nessa música. Em seguida vem "Your Shoes", essa sim com a participação de Roger Taylor nos vocais e é sem dúvida uma das melhores, se não a melhor música do disco. 

"Way Down", outra ótima música do álbum, tem a participação de Brian May nas guitarras e pode ser tocada facilmente nas rádios, pois vai agradar muitas pessoas por ser um Rock muito leve, agradável e que você fica cantarolando durante um bom tempo. 

A introdução de "It's Over" remete ao Rush, mas muda totalmente de forma quando a música realmente começa, e isso torna a faixa surpreendente, faz o ouvinte pensar que a música será de uma maneira para depois mudar de andamento e ritmo. "Hell To Pay" é uma das mais lentas do disco, mas nem por isso deixa de lado o peso das guitarras. "Sunshine" poderia facilmente estar no primeiro álbum do Foo Fighters, pois é a cara e estilo dos primórdios da banda. 

É muito bom ver artistas que como Taylor Hawkins conseguem manter uma evolução constante em seus trabalhos principais e paralelos de modo coexistente e sempre apresentando uma qualidade enorme em ambos.  

Destaque para as músicas:

- Not Bad Luck 
- Your Shoes 
- Way Down
 - It's Over 
- Hell To Pay 
- Never Enough 
- Don't Have To Speak


Até mais ^^

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Rush - Beyond The Lighted Stage (2010)

Diga uma pessoa que gosta de Rock e não conhece o Rush? Duvido que isso exista.

Mas como explicar o fato que uma banda conhecida e adorada por milhares de pessoas nunca teve a fama que tantas outras bandas menos merecedoras tiveram? Acho que ninguém sabe responder o por que disso, mas nesse documentário os três integrantes da banda Geddy Lee (baixo e vocal), Alex Lifeson (guitarra) e Neil Peart deixam claro que estão felizes em ser a "Maior Banda Cult do Mundo".

O filme retoma toda a carreira da banda passando pelos principais álbuns e acontecimentos da vida dos integrantes, com depoimentos de familiares, vídeos caseiros e curiosidades sobre cada um deles. Um time de personalidades do mundo da música falam sobre a influência e importância do Rush na história do Rock ao longo de todo documentário, artistas como Gene Simmons (Kiss), Kirk Hammett (Metallica), Taylor Hawkins (Foo Fighters) e o melhor de todos em seus comentários: Jack Black (Tenacious D).

Os integrantes da banda falam sobre toda carreira, desde os primeiros shows nas escolas do Canadá até a volta aos palcos após 4 anos de "férias" forçadas, enquanto o baterista Neil Peart estava viajando de moto pelas Américas devido ao falecimento de sua filha e sua mulher, uma viagem de 90 mil km sem rumo.

A única parte em que aparece algum integrante falando sobre técnica instrumental se dá quando Neil Peart fala sobre a sua decisão de voltar a fazer aulas de bateria para melhorar sua técnica, portanto, pra quem acha que vai ver um "How To Play..." das músicas do Rush, pode esquecer. Isso é muito bom, pois torna o filme interessante para quem não é músico.

Vale muito a pena assistir esse documentário para entender como os criadores de clássicos como "Tom Sawyer", "YYZ" e "The Spirit Of Radio" trabalham, o que gostam de fazer nas horas vagas, quais suas influências e principalmente como ainda se dão tão bem após 30 anos de carreira.
Em determinado momento do filme, alguns fãs falam sobre o Rush em suas vidas, e é nesse momento que conhecendo ou não o trabalho do grupo você entende por que tantas pessoas gostam e admiram a música do trio canadense.


Até a próxima ^^

Kings Of Leon - Come Around Sundown (2010)

Para mim é um pouco difícil falar de um álbum do Kings Of Leon de forma totalmente crítica e imparcial tendo em vista que essa é uma das minhas bandas preferidas.

Esse é o quinto disco da banda e de certa forma retoma todos os trabalhos anteriores da banda, pois apresenta desde o Southern Rock dos primeiros álbuns até o Pop Rock do último álbum, aclamado por público e critica, Only By The Night (2008).

Todas as críticas que li sobre esse disco foram desfavoráveis, justamente pelo álbum não ser uma "continuação" do anterior. Mas vale lembrar que em meados de Julho deste ano, o baterista Nathan Followill em uma entrevista deixou claro que o novo álbum (na época em processo de gravação), não seguiria a mesma linha do anterior, que as pessoas não deveriam esperar um disco com cinco "Use Somebody" e sete "Sex On Fire", maiores sucessos do álbum anterior.

O que acontece é que esse disco não é um trabalho totalmente voltado para a música pop, sendo "Radioactive", a segunda música do disco, a que tem mais cara de hit e que lembra o trabalho anterior. A primeira música do álbum "The End" tem um ótimo arranjo e fica na cabeça por um bom tempo, mas não chega a ser um hit.

"Pyro" apresenta uma sonoridade muito leve, é uma das melhores do álbum e lembra as músicas dos primeiros discos da banda. Em seguida vem "Mary", com uma levada de Blues muito boa e uma linha de baixo com destaque em toda música.
Em "Back Down South" o grupo coloca os dois pés na música Country em um arranjo com a presença de violino e guitarra tocada com slide.

No geral é um disco muito bom, muito bem feito e tem seu valor na discografia da banda, que apesar de não ser tão pop quanto o anterior, acredito que ira conquistar alguns fãs.

Destaque para as músicas:

- The End
- Radioactive
- Pyro
- Mary
- Back Down South
- Beach Side
- No Money
- Mi Amigo


Até mais ^^

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Arctic Monkeys - Whatever People Say I Am, That's What I'm Not (2006)


Desde a primeira vez que ouvi o Arctic Monkeys gostei do som “adolescente” e “inconsequente” do grupo, e essa semana voltei a ouvir o primeiro disco da banda devido a uma sessão de Guitar Hero 5 acompanhada de grandes amigos na qual tentei tocar sem muito sucesso “Brianstorm”, primeira música do segundo disco da banda Favourite Worst Nightmare (2007) e uma das minhas preferidas, o que reavivou a vontade de ouvir os álbuns do grupo.

Considero esse um dos discos mais importantes da primeira década dos anos 2000, pois trás uma banda com uma concepção e uma sonoridade totalmente diferente do que estava no mercado na época, apesar de jovens adultos (se não me engano a média de idade dos integrantes do grupo no ano de lançamento desse disco era de 20 anos) eles de certa forma obrigaram a indústria fonográfica a aceitar e produzir a música das bandas indies que estavam se destacando na internet e conquistando público fiel.

Esse álbum vem com músicas muito boas  e que até hoje são as principais da banda, a sonoridade é um rock diferente, sem muita distorção mas com peso o suficiente para fazer você levantar da cadeira e se empolgar ao ouvir. A técnica dos integrantes da banda nos instrumentos impressiona, todos tocam muito bem e se percebe que a banda caminha junto em todas as músicas.

Ao ouvir esse disco qualquer pessoa que simpatiza com o rock dos anos 2000 passa a gostar de Arctic Monkeys, toma a banda como uma das referencias da época e vai atrás dos outros trabalhos da banda, isso aconteceu comigo e apesar de não achar o último álbum da banda Humbug (2009) tão bom quanto os dois primeiros o Arctic Monkeys se tornou uma das minhas banda preferidas.

Destaque para as músicas:

- The View From The Afternoon
- I Bet You Look Good On The Dancefloor
- Fake Tales Of San Francisco
- Dancing Shoes
- Still Take You Home
- When The Sun Goes Down
- From The Ritz To The Rubble


Até mais ^^

Maroon 5 - Hands All Over (2010)

O Maroon 5 costuma ser colecionador de hits, nos dois primeiros disco da banda, Songs About Jane (2002), com um pop passional falando de Jane em todas as músicas do álbum com exceção da primeira “Harder To Breathe”, e It Won't Be Soon Before Long (2007) com a proposta de unir esse pop passional com o groove do funk e soul norte-americano,  estão as melhores e mais conhecidas músicas da banda como “This Love”, “She Will Be Loved”, “If I Never See Your Face Again” e “Won't Go Home Without You”.

Hands All Over (2010) vem com a mesma proposta do último disco, mas com o fato inexplicável de ser um disco com quase nenhum hit, a primeira música do álbum “Misery” se mostra como a única com potencial radiofónico, mas mesmo assim esta aquém se comparada aos hits dos discos anteriores.

Isso não significa que seja um disco ruim, muito pelo contrário, é um álbum muito gostoso de ouvir, as músicas são agradáveis e a voz do vocalista Adam Levine nunca soou tão bem quanto nesse disco, mesmo nos agudos seu timbre continua suave e agradável.

Além de “Misery”, o álbum tem ótimas músicas como “Give A Little More” com groove de baixo dançante e pronta para as pistas, lembrando o pop dançante do disco anterior. “Stutter” terceira faixa do álbum é uma das melhores desse trabalho, com um refrão muito bem elaborado e que se destaca por ter uma estrutura diferente do resto da música.

“Never Gonna Leave This Bed” lembra as músicas do disco de estréia do Maroon 5, sendo um pop romântico com arranjo perfeito, suave e doce. A faixa título do álbum “Hands All Over” vem com um peso raramente visto nas músicas do grupo, mas não entra na lista de melhores músicas do álbum.

A última música do disco “Out Of Goodbyes” vem com a participação do grupo de country pop Lady Antebellum, soando muito bem e mostrando a banda se aventurando nesse mundo até então desconhecido a sua discografia.

Destaque para as músicas:

- Misery
- Give A Little More
- Stutter
- Never Gonna Leave This Bed
- How
- Just A Feeling
- Out Of Goodbyes (With Lady Antebellum)


Até mais ^^

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Weezer - Hurley (2010)

O Weezer vem numa onda criativa muito boa tendo lançado um álbum a cada ano nos últimos 3 anos, o razoável Weezer [Red Album] (2008), o indiferente Ratitude (2009) e agora o maravilhoso Hurley (2010) que me fez lembrar por que gosto do Weezer, fato do qual não tinha certeza desde que ouvi o álbum Make Belive (2005) em 2007.

A capa do álbum é o ator Jorge Garcia, que interpreta o personagem Hurley na série Lost sem nenhum motivo especial, em alguns lugares dizem que é mais uma capa non-sense idealizada pelo vocalista e guitarrista Rivers Cuomo, assim como a de Ratitude (2009) a qual era a foto de um cachorro "voador".

O álbum começa com o single "Memories", que conta com a participação do elenco do filme Jackass 3D na música e no clipe já que a música faz parte da trilha sonora do filme. A música apresenta um arranjo de teclado que lembra muito os do The Killers, o que só contribui com a música. Em seguida vem "Ruling Me" que esta na mesma linha da anterior e lembra muito os álbuns clássicos da banda, sendo animada e muito boa de ouvir.

A quarta música do álbum "Unspoken" começa somente com voz e violão e os instrumentos vão entrando aos poucos, mas fica boa mesmo no final com a entrada da bateria e de instrumentos elétricos dando um peso muito bom a música, gostaria muito que fosse lançada uma versão toda elétrica em breve.

"Where's My Sex?" é bem rockeira e divertida e em "Smart Girls" Cuomo fala sobre as mulheres que aparecem facilmente para ele agora que é famoso e casado e por que elas não apareciam antes disso.

Com este álbum o Weezer volta a ter um saldo positivo após Ratitude (2009), que teve muito mais sucesso com a crítica especializada do que com o público, e o mais importante: volta a tocar nas rádios e a conquistar novos fãs.


Destaque para as músicas:

- Memories
- Ruling Me
- Trainwrecks
- Unspoken
- Smart Girls
- All My Friends Are Insects (Bonus Track)


Até mais ^^

Cartolas - Quase Certeza Absoluta (2010)

A banda Cartolas surgiu no RS em 2003 fazendo um indie rock inspirado em bandas como The Strokes, Franz Ferdinand e The Kinks. Em 2007 lançou seu primeiro álbum - Original de Fábrica (2007) - como fruto da vitória do concurso de bandas "Claro Que É Rock!". Esse primeiro disco foi produzido pelo renomado produtor musical Carlos Eduardo Miranda (o Miranda dos programas Ídolos/Astros/Qual é o seu Talento?).

Conheci a banda por acaso, um amigo de um amigo passou uma música deles, o single "Que Diabos Tu Tem Dentro da Cabeça?", uma versão pré primeiro disco muito boa que despertou meu interesse pelo trabalho da banda.

Nesse segundo disco temos a produção de Ray Z e a banda, que segue a mesma linha do primeiro com letras abordando assuntos como amor e modinhas, mas com muito bom humor, o que é marca registra de boa parte das bandas gaúchas.

O álbum vem cheio de ótimas músicas, abrindo com "Falta de Desconsideração"  um rockzinho bem gostoso de ouvir meio inspirado naquela historia do 'puta falta de sacanagem', seguida por "Partido em Franja" que fala sobre essa modinha dos penteados com franja que faz com que os seus usuários esqueçam do resto só pra ter um cabelo bonito.

"O Divórcio" uma das melhores do disco, com a ótima voz da cantora gaúcha Izmália, uma das várias participações especiais do álbum. Para fechar o álbum a melancólica "Onde Anda O Rock Em Roll?" tem um arranjo muito bom e nos faz pensar onde esta o bom e velho Rock N' Roll.

Comparado ao primeiro disco da banda, esse apresenta uma maturidade muito maior, principalmente em relação as letras, a banda evoluiu  e faz o ouvinte esperar ansiosamente pelo terceiro álbum curtindo os dois já existentes.

Destaque para as músicas:

- Falta de Desconsideração
- Partido em Franja
- O Divórcio
- Retardado Sentimental
- Meu Bem e o Assovio
- Uma Consulta Por Mês


Até a próxima ^^

domingo, 26 de setembro de 2010

Chris Shiflett & The Dead Peasants - Chris Shiflett & The Dead Peasants (2010)

Como no último post, hoje vou falar de um álbum de um  membro de uma banda já conhecida aproveitando as férias para se aventurar em carreira solo.

Chris Shiflett é guitarrista do Foo Fighters e já tinha outro projeto paralelo, a banda de Punk rock Jackson United, mas neste disco ele muda de gênero e junto com  sua banda de apoio The Dead Peasants vai para o lado do Country rock.

O disco tem somente 9 músicas, mas todas com uma qualidade muito boa de composição, a primeira música do álbum é "Helsinki", um Country rock muito bom que lembra um pouco as versões acústicas das músicas do Foo Fighters, seguida por "Get Along" que puxa um pouco para o lado da música pop.

"God Damn", quarta música do álbum é para mim a melhor do disco, com um riff de guitarra que dá característica a música e um arranjo que mistura instrumentos da música Country e do Rock muito bem.

O álbum é muito bom de ouvir, tem músicas leves, com ótimos arranjos e a voz de Chris Shiflett impressiona, algumas músicas lembram vagamente as de sua banda principal, mas todas com elementos da música Country muito bem misturados a outros de música pop e rock.

Destaque para as músicas:

- Helsinki
- Get Along
- God Damn
- An Atheists Prayer
- Not Going Down Alone
- Baby, Let It Out


Até a próxima ^^

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Brandon Flowers - Flamingo (2010)

Aproveitando o hiato/férias do The Killers que segue até 2011, Brandon Flowers lança esse álbum que em certos momentos lembra o seu trabalho com a banda e em outros apresenta algo totalmente diferente, o que era esperado por se tratar de seu primeiro disco solo.

O álbum estreou em primeiro lugar na Inglaterra, e está tendo uma boa repercussão no mundo inteiro, estando no Top 10 de vários países.

"Welcome to Fabulous Las Vegas" abre o álbum como uma ode a cidade, onde Flowers vive e o The Killers nasceu, com sons que lembram música country na introdução e um arranjo muito bem feito.

"Jilted Lovers & Broken Hearts" quarta música do disco tem a cara do The Killers e poderia ser facilmente incorporada pela banda em seus shows, sendo uma das melhores do disco. A divertida "Was It Something I Said?" será uma surpresa para os fãs do Killers, pois é totalmente diferente de tudo o que a banda já fez.

O single do álbum "Crossfire" é sem dúvida a melhor do disco, deixando o refrão na cabeça por vários dias. Ouvi dizer que essa música vai estar na trilha sonora do filme Amanhecer da saga Crepúsculo (nada oficial), o que não sei dizer ainda se é bom ou ruim, pois vai popularizar a música ao mesmo tempo que ligara a um filme no mínimo mediano.

A edição deluxe do álbum vem com 4 bonus tracks, incluindo a country "The Clock Was Tickin'", que na minha opinião deveria estar entre as faixas da versão normal.

Particularmente continuo preferindo Brandon Flowers com The Killers, mas valorizo muito um artista que gosta de expandir seus horizontes para fora da zona de conforto que a banda lhe proporciona, tentando coisas que fogem totalmente do esperado por seus fãs. 

Destaque para as músicas:

- Welcome to Fabulous Las Vegas
- Hard Enough
- Jilted Lovers & Broken Hearts
- Was It Something I Said?
- Magdalena
- Crossfire



Até mais ^^

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Fresno - Revanche (2010)

Ao ouvir esse álbum tenho a leve impressão que os fãs do Fresno não irão gostar tanto quanto os anteriores, principalmente os adoradores do álbum Redenção (2008) mais pop do grupo.

Se Redenção (2008) é uma coleção de hits radiofônicos, Revanche por outro lado mostra um amadurecimento da banda, deixando de lado (parcialmente) a visão meramente comercial, sendo um disco com poucos hits feitos para as rádios, por exemplo "Deixa O Tempo", que ao meu ver deixa a desejar se comparada aos hits dos discos anteriores.

A maioria das faixas desse álbum demonstram uma complexidade maior em sua estrutura melódica e rítmica, a  faixa titulo "Revanche" vem cheia de distorção e riffs de guitarra, e é sem dúvida uma das melhores do disco, mas acho que um solo de guitarra combinaria mais com a música do que o de teclado presente nela. 

"Die Lüge", quarta faixa do disco, tem a marca registrada do Fresno e também é cheia de riffs de guitarra, alguns me lembraram vagamente os do Metallica no último disco da banda Death Magnetic (2008). 

No geral esse álbum é bom, principalmente a parte instrumental, mas achei que as letras de várias músicas deixaram a desejar, talvez pelo investimento de tempo e criatividade nos projetos paralelos dos integrantes Lucas (Beeshop) e Tavares (Esteban), o que por outro lado foi bom, pois trouxe uma maturidade técnica em relação aos arranjos nunca vista nos trabalhos do Fresno.

Destaque para as músicas:

Revanche
- Die Lüge
- Relato de Um Homem de Bom Coração
- Quando Crescer



Até a próxima ^^

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Arcade Fire - The Suburbs (2010)

Esse é o terceiro álbum da banda canadense Arcade Fire e assim como o primeiro Funeral (2004), é baseado em um conceito, um tema.

Funeral (2004) fala sobre a morte, já The Suburbs aborda os assuntos relativos a vida no subúrbio, considerada perfeita na teoria, mas muitas vezes infeliz na prática.

As músicas falam da melancolia e o tédio da vida suburbana e sobre a tentativa de decifrar o modo de vida do homem moderno em assuntos como o envelhecimento.

O álbum estreou em primeiro lugar nas paradas de vários países como Inglaterra, Irlanda, Canada, Portugal, EUA e foi muito bem avaliado por sites e revistas de renome como o allmusic e Rolling Stone.

A primeira música é a faixa titulo do álbum "The Suburbs" que soa muito leve e agradável e é ligada a música seguinte "Ready To Start", mais animada que a primeira, mas com a mesma leveza. "Empty Room" é a cara do Arcade Fire tendo os vocais de Win Butler e Régine Chassagne e um ótimo arranjo de cordas.

Sem dúvida houve muita expectativa em cima desse álbum, o que pode fazer com que para algumas pessoas ele seja inferior a Funeral (2004) e Neon Bible (2007), mas considero esse um ótimo trabalho do Arcade Fire.
Apesar de ser um álbum que necessita de um certo tempo para ser assimilado, ele cresce e melhora a cada audição.

Destaque para as músicas: 

- The Suburbs
- Ready To Start
- Rococo
- Empty Room
- Month Of May
- We Used To Wait


Até a próxima ^^

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Jack Johnson - To The Sea (2010)


To The Sea é o quinto álbum de estúdio de Jack Johnson, escolhi esse álbum para ser o primeiro post, pois tenho escutado muito ele nos últimos tempos e sempre gostei dos álbuns do Jack Johnson...

Esse álbum segue a linha de Sleep Through The Static (2008) tendo a presença da guitarra em algumas músicas e a do violão em outras, mantendo a característica de Johnson de fazer "música para luau", inclusive as tocadas no álbum com guitarra podem ser executadas no violão que ainda vão soar bem.

Esse sem dúvida é o álbum mais roqueiro de Jack Johnson até agora, começando com a ótima "You And Your Heart" que tem um riff de guitarra com uma leve distorção e que fica ecoando na cabeça por um bom tempo, passando por "At Or With Me" na minha opinião a mais roqueira do álbum.

Esse álbum segundo Johnson em uma entrevista dada a Revista da Billboard foi influenciado principalmente por dois acontecimentos, o falecimento de seu pai e o nascimento de sua filha, tendo referencias diretas no álbum, a foto da capa do álbum é do pai de Johnson construindo uma escultura de uma onda, e para a filha Johnson escreveu a suave "My Little Girl".

Todas as músicas do álbum tem a cara e o estilo Jack Johnson, mas mesmo assim soam um pouco diferente das primeiras músicas de sucesso dele. Ao meu ver a sonoridade de Jack Johnson está evoluindo, crescendo, abrindo novos caminhos, mas sem deixar de ter o diferencial que o tornou aclamado por público e crítica.

Destaque para as músicas:
- You And Your Heart
- No Good With Faces
- At Or With Me
- From The Clouds
- Red Wine, Mistakes, Mythology
- Only The Ocean


Até a próxima ^^