quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Noel Gallagher's High Flying Birds - Noel Gallagher's High Flying Birds (2011)

2011 marca a volta a ativa dos irmãos Gallagher dois anos após ao fim do Oasis. Em fevereiro deste ano, Liam Gallagher com a sua banda formada por ex-integrantes do Oasis, a Beady Eye, lançou o disco Different Gear, Still Speeding (2011) e oito meses depois, Noel Gallagher (o preferido da maioria dos fãs do Oasis) lança seu primeiro disco solo, cheio de referências a sua antiga banda, e não podia ser diferente, pois Noel sempre foi o principal compositor do grupo. A maioria das músicas deste primeiro trabalho solo soam como sobras da discografia do Oasis, mas já deixam claro que agora Noel pode fazer o que quiser e como quiser.

"Everybody's On The Run" abre o álbum de forma épica com um belo arranjo valorizando cada detalhe de todos instrumentos básicos de uma banda e ainda contando com a participação de um coral, uma orquestra de cordas e como se não bastasse, Noel ainda apresenta uma das melhores linhas vocais de sua carreira. "Dream On" vem em seguida lembrando o último disco do Oasis Dig Out Your Soul (2008) em um ritmo bem marcado.

"If I Had A Gun..." tem praticamente os mesmos acordes, ritmo e clima do maior sucesso do Oasis "Wonderwall", e talvez por isso agrada facilmente e fica entre as melhores faixas do disco. O primeiro single do álbum "The Death Of You And Me" traz um clima meio faroeste / cabaret, um ótimo refrão e um belo solo feito por instrumentos de sopro.

Em "(I Wanna Live In A Dream In My) Record Machine" fica clara a intenção de Noel em criar um hino com a ajuda de um coral infantil, cordas, uma introdução bem soft e um refrão de fácil assimilação. "AKA... What A Life!" cairia bem em muitas festas fazendo todo mundo levantar para dançar e curtir seu ritmo rápido cantando o refrão simples e eficiente.

"(Stranded On) The Wrong Beach" acaba com uma gravação do som do mar, assim como começava "Champagne Supernova" do disco (What's The Story) Morning Glory? (1995) e abrindo caminho para a já conhecida dos fãs mais assíduos do trabalho de Noel "Stop The Clocks", uma música leve e agradável com um belo arranjo cheio de camadas sonoras e um final fantastico.

Infelizmente ainda não é possível saber exatamente como serão os discos solos de Noel Gallagher, pois o recém-lançado ainda está muito "contaminado" pelo estilo do Oasis, deixando os fãs mais devotados da banda muito satisfeitos e os mais curiosos ansiosos por alguma novidade.

Destaque para as músicas:

- Everybody's On The Run
- If I Had A Gun...
- The Death Of You And Me
- AKA... What A Life!
- Soldier Boys And Jesus Freaks


Até mais ^^

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Kasabian - Velociraptor! (2011)

O quarto albúm da banda britânica Kasabian soa bem diferente de seus anteriores, principalmente se comparado a West Ryder Pauper Lunatic Asylum (2009). Neste novo trabalho o grupo apresenta uma série de músicas que soam mais maduras e coesas, contando com belos arranjos em todas as faixas e conseguindo equilibrar o simples e eficiente com elementos mais complexos de forma muito bem feita.

"Let's Roll Just Like We Used To" abre o disco com um belo solo de Trompete na introdução criando um clima de mistério para o inicio da música que possui uma sonoridade que mistura o Rock dos anos 60 com as trilhas sonoras dos antigos Spaghetti Westerns. Influência que também está presente na quarta faixa do álbum "La Fée Verte", uma baladinha calma e agradável que está entre as melhores do álbum.

"Days Are Forgotten" tem vocal marcante e um dos melhores (senão o melhor) refrão do disco, sendo facilmente cantarolada logo após a primeira audição. A faixa título do álbum, "Velociraptor!" ataca de maneira direta e agressiva, fazendo jus ao nome com suas guitarras distorcidas e sujas.

A viagem sonora de "Acid Turkish Bath (Shelter From The Storm)" parece ter sido inspirada em faixas como "Kashmir" do Led Zeppellin e "Tomorrow Never Knows" dos Beatles. São 6:01 minutos de instrumentos musicais como percussão, violinos, guitarras, baixo, bateria e vocais criando várias camadas sonoras que propiciam ao ouvinte uma grande experiência musical com um dos melhores arranjos dos anos 2000. 

"Re-wired" composta apenas por guitarra, baixo, bateria e vocais fazendo linhas simples e misturando muito bem a levada da música eletrônica com elementos do Rock 'N' Roll é a faixa com mais potencial de ser o grande hit do disco.

Velociraptor! (2011) está sendo muito bem avaliado pela crítica musical, no site AllMusic por exemplo o álbum ganhou quatro estrelas, feito alcançado apenas pelo trabalho de estreia do grupo. Sem dúvida este disco vai ficar marcado como um dos grandes trabalhos do Kasabian e vai estar presente nas listas de melhores álbuns de 2011.

Destaque para as músicas:

- Let's Roll Just Like We Used To
- Days Are Forgotten
- La Fee Verte
- Acid Turkish Bath (Shelter From The Storm)
- I Hear Voices
- Re-wired


Até mais ^^

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Big Talk - Big Talk (2011)

Durante o hiato do The Killers, que inclusive já está em estúdio preparando seu quarto álbum, Brandon Flowers aproveitou para lançar seu primeiro disco solo, intitulado Flamingo (2010). E até Julho deste ano, Flowers era o único membro da banda a lançar um projeto paralelo, até que Ronnie Vannucci, baterista do grupo, lançou o primeiro disco do seu projeto paralelo ao Killers, o Big Talk.

O Big Talk existe em duas formações, sendo a de estúdio com Vannucci nos Vocais, Guitarras, Teclados, Bateria e Percussões e seu amigo de longa data e principal parceiro no projeto Taylor Milne nas Guitarras e Teclados. Ao vivo a dupla se apresenta com os músicos de apoio Alex Stopa (Bateria), Tyson Henrie (Baixo) e John Spiker (Teclados, Guitarras e Backing Vocals).

A sonoridade do grupo é bem variada, tendo elementos de vários gêneros musicais como Indie Rock, Country Music, Pop e Rock dos anos 80. "Katzenjammer" abre o álbum com uma longa introdução instrumental repleta de sons eletrônicos, até a entrada das Guitarras e de belas viradas feitas pela Bateria que dão inicio efetivamente ao disco abrindo caminho para a voz de Ronnie Vannucci que facilmente vai surpreender o ouvinte com seu timbre diferenciado e qualidade vocal.

"Under Water" tem um riff de Guitarra marcante que guia toda a parte instrumental da música, que ainda possui uma melodia vocal muito interessante e o primeiro grande refrão do álbum. "The Next One Living" apresenta um clima muito interessante, lembrando músicas de bandas como Keane principalmente pelo fato de ter o Piano como instrumento condutor.

"Replica" parece ter saido direto dos anos 80 para 2011 e se coloca entre as grandes músicas do disco graças ao seu arranjo muito bem elaborado e sem exageros, e seu ótimo refrão. A sonoridade do The Killers aparece claramente em apenas duas faixas do álbum, sendo elas "White Dove" e "Hunting Season", que apresentam forte influência do Indie Rock dos anos 2000, principalmente no timbre dos Teclados.

O disco foi produzido por Joe Chicarelli (que produziu Angles (2011) do The Strokes) em parceria com Ronnie Vannucci que mostra que além de ser um grande baterista, é um compositor com muito potencial e um ótimo cantor, talentos que ainda podem ser explorados por sua banda principal de forma mais consistente.

Destaque para as músicas:

- Katzenjammer
- Getaways
- Under Water
- The Next One Living
- Replica
- Living In Pictures


Até semana que vem ^^

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

The Kooks - Junk Of The Heart (2011)

A banda inglesa de Indie Rock The Kooks volta aos holofotes com seu terceiro disco intitulado Junk Of The Heart, apresentando a sonoridade leve e agradável que já é caracteristica da banda desde seu disco de estreia e três anos depois do lançamento do seu último trabalho Konk (2008), que foi extremamente bem avaliado pela crítica e adorado pelo público.

Este novo disco não foi tão bem avaliado pelos críticos musicais e apresenta pouco potencial para conquistar novos fãs para o grupo devido a falta de grandes músicas, mas apesar disso o álbum apresenta algumas boas canções que irão sem dúvida agradar aos fãs antigos e a quem não conhece o trabalho da banda.

A faixa título "Junk Of The Heart (Happy)" abre o álbum de maneira tranquila, com uma levada meio praiana feita pelo Violão e com um dos melhores refrões do disco. O arranjo da música chama atenção pelas várias camadas sonoras feitas por sintetizadores que valorizam o clima da faixa. "How'D You Like That" apresenta um ritmo muito interessante e uma bela melodia vocal que valoriza muito a métrica de cada frase cantada pelo vocalista Luke Pritchard.

"Taking Pictures Of You" soa melancólica de forma leve, passando a ideia de uma conversa onde só ouvimos um dos participantes, tudo isso em um belo arranjo que dá ênfase a cada detalhe. "Fuck The World Off" tem uma levada diferente na Bateria que é acompanhada pelo Violão e em alguns momentos pelos vocais.

"Time Above The Earth" é sem dúvida alguma a música mais bonita do álbum, trazendo somente a voz e uma Orquestra de Cordas com alguns toques de Tímpanos. A introdução da faíxa já prende o ouvinte em seus primeiros segundos, mas infelizmente a duração da música é de apenas 1:51 minutos. "Runaway" é bem diferente do restante das músicas do grupo e vai agregando aos poucos novos elementos sonoros a faixa.

Este é um ótimo disco, apesar de não superar os anteriores ele apresenta seu valor na discografia da banda graças a sua sonoridade diferente e por gerar curiosidade em quem acompanha a banda em relação ao próximo álbum de inéditas do grupo que ainda está por vir.

Destaque para as músicas:

- Junk Of The Heart (Happy)
- How'D You Like That
- Taking Pictures Of You
- Is It Me
- Petulia
- Mr. Nice Guy


Até mais ^^