quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Frank Turner - England Keep My Bones (2011)

Frank Turner é um cantor e compositor inglês que participou da banda de Punk Rock Million Dead, e que desde 2005 tem seu projeto solo, onde vem apresentando uma sonoridade mais Folk mesclada com elementos da música Pop e do próprio Rock 'N' Roll. A primeira coisa que chama atenção neste álbum é a voz de Frank Turner que soa perfeita para todas as músicas do disco, desde as mais calmas até as mais pesadas.

"Eulogy" abre o álbum de forma muito bonita e suave, em harmonias doces e leves, onde logo o cantor entra destilando seu sotaque inglês e abrindo caminho para as guitarras distorcidas que encaminham para fim da faixa que praticamente grudada com a segunda música do disco, "Peggy Sang The Blues", extremamente agradável e com uma sonoridade bem Pop marcada por um belo arranjo.

O primeiro single do álbum, "I Still Believe" é uma ode ao bom e velho Rock 'N' Roll, citando Elvis, Jerry Lee Lewis e Johnny Cash como santos e afirmando que o Rock salva a todos nós (Now who'd have thought that after all / Something as simple as rock 'n' roll would save us all / And who'd have thought that after all, it was rock 'n' roll).

"I Am Disappeared" é uma das melhores do disco, mas fica interessante mesmo depois da metade, com a entrada de toda banda complementando o arranjo. "English Curse" é cantada sem acompanhamento instrumental e contando uma história como faziam os trovadores da era medieval, além de ser interessante por sua rítmica e pelo sotaque inglês destacado do músico.

"One Foot Before The Other" começa só com voz e violão, mas em poucos segundos a banda entra com muito peso, principalmente nas guitarras distorcidas, apresentando um dos melhores refrões do álbum. "If Ever I Stray" lembra aquelas músicas típicas cantadas por ingleses e irlandeses nos pubs como celebração de suas raízes. "Redemption" é a penúltima música do álbum e a mais bonita deste trabalho de Frank Turner, principalmente devido as melodias vocais e instrumentais presentes em seu arranjo.

Este é o quarto álbum do artista inglês, mas foi o primeiro a ganhar projeção em nível mundial graças a vários comentários na internet e as ótimas críticas que o disco recebeu da imprensa musical em revistas como a NME e em sites como o AllMusic.

Destaque para as músicas:

- Peggy Sang The Blues
- I Still Believe
- I Am Disappeared
- One Foot Before The Other
- If Ever I Stray
- Redemption


Até mais ^^

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

CAKE - Showroom Of Compassion (2011)

Showroom Of Compassion é o sexto álbum da banda americana CAKE, que apresenta uma sonoridade muito particular se comparada a outras bandas de Rock devido as inúmeras influências que os integrantes do grupo passam para suas composições, passeando pelo Rock, Funk, Hip-Hop e Country Music.

A formação incomum chama atenção, tendo John McCrea nos vocais, Vince DiFiore no Trompete, Xan McCurdy na Guitarra, Gabe Nelson no Baixo e Paulo Baldi na Bateria. Showroom Of Compassion foi lançado pela gravadora da própria banda, a Upbeat Records, e foi o primeiro álbum do grupo a estrear e chegar ao primeiro lugar da Billboard 200, onde ficou durante uma semana devido as 44.000 cópias vendidas na semana do lançamento.

"Federal Funding" abre o disco com um riff marcante e com uma pegada puxando para o Rock Clássico contando com a presença de um Orgão logo no começo e acrescentando metais na parte final, tudo isso acompanhado de uma letra simples e direta. "Long Time" chama atenção por sua batida eletrônica dançante e pelas belas harmonias vocais presentes ao longo da faixa.

A baladinha "Got To Move" tem um arranjo muito bonito e uma melodia vocal muito suave em um ritmo agradável e interessante. Em "What's Now Is Now" a banda faz um cover de Frank Sinatra, trazendo a música deste grande artista para o século XXI.

"Mustache Man (Wasted)" é uma das melhores músicas do disco e lembra muito as composições de artistas como Beck e Ben Kweller. A instrumental "Teenage Pregnancy" apresenta um grande arranjo com várias camadas sonoras e mudanças de clima. "Bound Away" poderia muito bem ter sido composta e gravada por um grupo Country qualquer, mais uma faixa muito agradável aos ouvidos e com belas partes instrumentais.

O CAKE é mais uma das bandas que estão ganhando destaque mundial atráves de bons trabalhos, mas ao contrário da maioria das outras boas bandas que surgiram nos últimos anos, que possuem pouco tempo de carreira, o CAKE já está na estrada desde 1991 e está experiência faz toda diferença na hora de dar continuidade aos grande feitos de um grupo.

Destaque para as músicas:

- Federal Funding
- Long Time
- Got To Move
- Mustache Man (Wasted)
- Bound Away
- Italian Guy


Até mais ^^

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Cage The Elephant - Thank You, Happy Birthday (2011)

Para comemorar o primeiro aniversário do blog, escolhi por coincidência o segundo disco da banda americana Cage The Elephant, intitulado Thank You, Happy Birthday lançado em Janeiro deste ano. A banda foi formada em 2006 e faz parte, assim como o Yuck, da chamada "Volta Dos Anos 90". A sonoridade da banda apresenta influências de bandas como Oasis, Pixies e Smashing Pumpkins com algumas pitadas de Arctic Monkeys e Kasabian. 

Este disco foi, merecidamente, bem avaliado pela crítica musical, ganhando três estrelas e meia tanto no site AllMusic quanto na edição americana da revista Rolling Stone, além de estrear em segundo lugar na Billboard 200.

"Always Something" abre o disco com muitos elementos eletrônicos e um refrão grudento que faz qualquer um querer ouvir a música várias vezes. "Aberdeen" vem em seguida recheada de influências dos anos 90, com mais um ótimo refrão e uma estrutura instrumental muito bem feita.

"Shake Me Down" foi o primeiro single do álbum e chama a atenção por seu começo calmo com intervenções mais pesadas durante a faixa, até a entrada em definitivo de toda banda de maneira grandiosa, valorizando cada detalhe do arranjo que conta com a participação de um naipe de metais. "2024" com sua introdução que vai acelerando aos poucos lembra muito algumas músicas de bandas como The Vaccines.

A acelerada "Sell Yourself" apresenta mais um grande refrão deste segundo trabalho da banda. "Rubber Ball" é calma e aconchegante, ideal para momentos tranquilos. "Rught Before Your Eyes" tem um dos melhores arranjos de todo o disco e se torna facilmente uma das preferidas do ouvinte.

Cage The Elephant é mais um exemplo de banda nova que está conquistando público pela qualidade musical ao invés de acompanhar uma moda passageira, como muitas bandas novas fazem, e estão ai para surpreender a todos que diziam que não existem mais boas bandas de Rock.

Destaque para as músicas:

- Always Something
- Aberdeen
- Shake Me Down
- Sell Yourself
- Around My Head
- Japanese Buffalo


Até mais e que venha o segundo ano de O Músicofilo ^^

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Bon Iver - Bon Iver (2011)

O multi-instrumentista Justin Vernon fundou a banda Bon Iver em 2007, mesmo ano em que lançou de forma independente primeiro álbum do grupo, For Emma, Forever Ago (2007), e a partir deste momento chamou os também multi-instrumentistas Sean Care, Michael Noyce e Matthew McCaughan para serem parte da banda nas apresentações ao vivo e gravações futuras. 

O segundo disco do grupo, Bon Iver (2011), lançado em Junho deste ano vem cheio do que a critica chama de Indie Folk. Este é um álbum muito gostoso de ouvir, passa uma sensação de leveza e calma em todas as músicas e conta com inúmeros instrumentos para compor os seus belos arranjos.

"Perth" inicia o disco com uma bela introdução feita pelas Guitarras em um riff delicado que antecipa a melodia do refrão. Os vocais desta faixa deixam claro qual será o clima do álbum e as frases rítmicas feitas por toda a banda chamam a atenção do ouvinte. "Minnesota, WI" soa como uma continuação da faixa de abertura na introdução, mas logo muda de sonoridade passando por diversas paisagens sonoras.

A introdução de "Holocene" tem os dois pés na música Folk, mas logo adiciona elementos eletrônicos de forma bem leve para incrementar as camadas sonoras do arranjo junto com os outros instrumentos da banda e alguns instrumentos de orquestra. "Towers" é uma das melhores faixas do disco, com ótimos vocais fazendo uma bela melodia e a partir da metade crescendo de forma impressionante. A última música do álbum "Beth / Rest" chama atenção por ter uma sonoridade muito anos 80, desde o Teclado, passando pelas partes da Guitarra e especialmente pelos efeitos no vocal.

Conheci o trabalho da banda por acaso através da página da Wikipedia de discos lançados em 2011, vi que haviam lançado um disco este ano e resolvi ir atrás para ouvir, confesso que essa foi mais uma das boas surpresas que tive esse ano, mais uma ótima banda com um ótimo disco.

Destaque para as músicas:

- Perth
- Minnesota, WI
- Holocene
- Towers
- Calgary


Até mais ^^

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Death Cab For Cutie - Codes And Keys (2011)

O Death Cab For Cutie é uma das bandas Indie mais amadas do público desse gênero, e com o disco lançado em Maio deste ano fica claro o potencial da banda para conquistar ainda mais admiradores. O grupo demonstra que continua sofrendo de amor nas canções deste álbum, mas desta vez de uma forma menos depressiva e mais elegante.

O disco foi gravado do decorrer de 2010 e ao contrário da maioria das bandas que gravam o disco todo em um único estúdio, o Death Cab For Cutie gravou este trabalho em oito estúdios diferentes, fato que poderia prejudicar a sonoridade do álbum como um todo, mas felizmente isso não acontece, a mixagem do disco foi muito bem feita por Alan Moulder (que co-produziu o disco Ritual do White Lies e fez a mixagem do último disco do Foo Fighters Wasting Light).

O álbum é aberto pela sombria "Home Is A Fire" que repete as partes instrumentais por quase toda a faixa adicionando algumas novas, o mais intrigante é que essa música teria todos os elementos para ser monótona e cansativa, mas a banda consegue fazer de uma forma interessante e quase hipnótica que prende a atenção do ouvinte.

"Codes And Keys" tem um clima suave e gostoso de ouvir, agradando facilmente qualquer pessoa. O ritmo do Piano, a levada de Bateria e o arranjo de cordas que complementa o arranjo de forma maravilhosa são os destaques da faixa. "Doors Unlocked And Open" tem uma longa introdução, que vai adicionando elementos instrumentais durante quase 1:30 minutos, onde a faixa realmente começa chegando ao refrão que chama atenção por sua força e potencial pop.

O primeiro single "You Are A Tourist" além de ser a melhor música do disco, teve seu clipe feito em um único take de gravação, não contando com nenhuma edição ou refilmagem posterior, todo o clipe foi ensaiado como uma peça de teatro onde cada personagem tinha suas marcações e as câmeras filmando só os lugares pré-determinados. A gravação do clipe foi toda transmitida pela internet e o que foi visto ao vivo é o mesmo que se vê no clipe.

O Death Cab For Cutie se mostra como uma das melhores bandas que surgiram para o grande público nos últimos anos e Codes And Keys deixa claro a intenção da banda de alcançar um público cada vez maior, mas sem deixar de lado seus princípios e as características que conquistaram seus fãs mais fiéis.

Destaque para as músicas:

- Home Is A Fire
- Codes And Keys
- Doors Unlocked And Open
- You Are A Tourist
- Monday Morning
- Underneath The Sycamore


Até mais ^^