quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O que esperar em 2011?

Sempre que chega essa época do ano todo mundo começa a pensar em como foi o ano que passou e cria expectativas para o ano que começa... aqui não tem por que ser diferente...

Analisando o mundo da música no ano de 2010, no geral foi um ano bom, não foi ótimo como eu gostaria, mas fazer o que... Tivemos grandes lançamentos, de várias bandas e artistas como: Jack Johnson, Slash, MGMT, The Black Keys, Maroon 5, Weezer, Arcade Fire e Kings Of Leon, que certamente estarão nas listas de melhores álbuns de 2010 juntamente com inúmeros outros.

Também surgiram novos nomes no cenário mundial, como sempre alguns bons e outros nem tanto, Lady Gaga ganhou força como ícone pop, Justin Bieber como ídolo teen e no Brasil como havia previsto numa conversa com uma amigo no final de 2009, o Sertanejo Universitário perdeu força e surgiu um novo movimento ligado ao Rock, os coloridos ou Happy Rock, enfim... Restart, Cine e outras bandas genéricas que assim como no Sertanejo vão se copiando e se repetindo.

Em 2011 a música mundial espera grandes lançamentos como os novos discos do U2, Arctic Monkeys, The Strokes, Red Hot Chili Peppers, Foo Fighters e Coldplay (esses são os que eu espero mais ansiosamente). Grandes shows estão previstos para passarem pelo Brasil, o Rock In Rio volta a sua cidade natal trazendo Metallica, Motorhead, Coldplay, Snow Patrol e outras bandas a serem confirmadas, mas independentemente disso em 2010 vários artistas passaram por aqui como Paul McCartney, Bon Jovi e Rush e não há motivo para ser diferente nesse novo ano, pois cada vez mais o Brasil entra na rota das atrações internacionais. Além do retorno aos palcos de bandas em "férias" como o Foo Fighters, The Killers e o The White Stripes.

Tenho algumas previsões para 2011 como por exemplo a decadência do movimento Happy Rock/Colorido e o surgimento de um novo movimento também relacionado ao Rock se opondo aos antecessores (assim como o Happy Rock se opôs ao Emo), de que maneira? acredito que com uma seriedade maior na produção musical e menos cores na vestimenta. Posso errar minha previsão, mas não custa torcer para que isso aconteça ^^

Enfim, vamos torcer para que 2011 seja um ótimo ano para a música nacional e internacional, e que a industria musical se preocupe em conciliar a quantidade de dinheiro que um artista pode render com qualidade musical que ele produz e que todos queremos ouvir.


Até a próxima e Feliz Ano Novo!!! ^^

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

1973 - Bye Bye Cellphone (2010)

O 1973 é um trio de músicos franceses que tem seu som baseado na mistura de elementos da música Folk e Indie Pop moderna com forte influência da música dos anos 70.

Não consegui encontrar muitas informações sobre a banda, sendo que nem um artigo na Wikipedia o grupo possui.

A voz do vocalista me lembrou por algum motivo a de John Lennon, mas independente disso é muito agradável de ouvir e o arranjo das músicas acompanha a suavidade da voz quase sussurrada.

No geral é um álbum muito tranquilo e que cai bem em qualquer ocasião. "Vegas", primeira música do disco, não acompanha o ritmo da cidade que a nomeou, é calma e cresce no refrão sem precisar de volume ou peso. "September" segue com a calmaria embalada pelo violão.

A faixa título "Bye Bye Cellphone" tem um arranjo muito bem feito e se destaca das demais com um ótimo refrão. O álbum tem mais duas versões desta música, dois remixes colocados como bonus track, mas a versão original supera ambas em todos os quesitos.

O disco é resultado de dois EP's lançados pela banda desde 2007, então possui várias músicas boas como a melancólica "Princes" e a animadinha "Sexy Plane". "Little Sis'" destaca o lado Folk da banda sendo a música mais "bonitinha" do álbum, e em seguida "Simple Song (For a Complicated Girl)" dá destaque para o banjo e os teclados.

O 1973 é uma banda com apenas três anos, tendo muita estrada pela frente e com certeza muitas oportunidades de mostrar seu trabalho ao grande público.

Destaque para as músicas:

- Vegas
- September
- Bye Bye Cellphone
- Princes
- Sexy Plane
- Little Sis'
- Simple Song (For a Complicated Girl)
- Little Things To Take Away


Feliz Natal e até a próxima ^^

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

The Raconteurs - Consolers Of The Lonely (2008)

 

Jack White é sem dúvida alguma um dos caras que mais trabalha no mundo da música. Faz parte de três bandas: The White Stripes, The Raconteurs e The Dead Weather, e atualmente está trabalhando em mais um projeto com o músico e produtor Danger Mouse com disco previsto para 2011.

Como se isso tudo não bastasse, ele ainda arranja tempo para atacar como homem de negócios tendo sua própria gravadora, a Third Man Records.

Mas o The Raconteurs não é só Jack White, tendo em sua formação mais três ótimos músicos: Patrick Keeler (bateria), Brendan Benson (guitarra e vocais) e Jack Lawrence (baixo).

Esse segundo álbum da banda vem repleto de boas músicas, "Consolers Of The Lonely" inicia o disco com uma levada de bateria marcante que prende a atenção do ouvinte logo de cara. "Salute Your Solution" chega com um ótimo riff de guitarra e mostra o melhor do lado roqueiro da banda.

"You Don't Understand Me" é um pouco mais calma, tem um arranjo muito bem feito dando destaque ao piano tocado por White, que faz um solo de uma nota só no final da música. "Old Enough" tem um pé na Country Music que é representada pelo violino tocado durante quase toda música. Em seguida vem "The Switch And The Spur" com um belo arranjo de metais que dá brilho a faixa.

Considero esse um dos melhores álbuns dos anos 2000 e o disco que elevou o The Raconteurs ao patamar de banda com relevância no mundo da música, não só por ser o projeto paralelo de Jack White, mas por apresentar uma qualidade enorme em suas músicas.

Destaque para as músicas:

- Consolers Of The Lonely
- You Don't Understand Me
- Old Enough
- The Switch And The Spur
- Top Yourself
- Many Shades Of Black
- Five On The Five
- Pull This Blanket Off
- Rich Kid Blues


Até mais ^^

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Phoenix - Wolfgang Amadeus Phoenix (2009)

Nunca tinha ouvido falar sobre a banda Phoenix, mas quando li a crítica sobre esse disco na revista Rolling Stone o que mais me chamou a atenção foi o nome do álbum, clara referência ao compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart.

Esse é o quarto disco da banda e vem repleto de músicas empolgantes e que agradam facilmente até aos ouvidos mais exigentes. O grupo nascido na França tem em sua formação músicos de alta qualidade, sendo que um deles, o guitarrista Laurent Brancowitz, teve anteriormente ao Phoenix uma banda chamada Darlin com os caras que hoje são integrantes do grupo Daft Punk.

O disco tem somente 10 faixas, mas já começa com um trio de músicas que deixam o ouvinte impressionado logo de cara: "Lisztomania" faz referência a outro compositor erudito, Franz Liszt, que causava em seu público um tipo de "Beatlemania do século XIX" com suas performances virtuosísticas, a música apresenta um ótimo arranjo e vicia logo na primeira audição. "1901" vem em seguida com uma combinação de teclados e guitarras que caracterizam a música pela sonoridade e ritmo ligados a um ótimo refrão. Para fechar o arrebatador trio inicial a dançante "Fences" garante seu lugar como uma das melhores do disco.

O álbum foi muito bem recebido pela crítica faturando o Grammy de Melhor Álbum Alternativo e ficando na terceira posição na lista dos 25 melhores álbuns de 2009 da revista Rolling Stone. A banda está conquistando cada vez mais público e se continuar produzindo ótimos discos como este, conseguirá seu lugar entre os artistas preferidos de várias pessoas.

Destaque para as músicas:

- Lisztomania
- 1901
- Fences
- Lasso
- Countdown
- Girlfriend
- Armistice


Até a próxima ^^

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

The Fratellis - Costello Music (2006)

O The Fratellis é uma banda escocesa com dois álbuns lançados, Costello Music (2006) e Here We Stand (2008), os dois com ótimas músicas.

A banda é formada por três ótimos músicos que adotaram o nome da banda como sobrenome, Jon Fratelli (Guitarra e Vocal), Barry Fratelli (Baixo) e Mince Fratelli (Bateria), e apresentam uma sonoridade influênciada pelo Rock, principalmente britânico, da década de 60 e 70.

A versão normal do álbum vem com 13 músicas, "Henrietta" abre o disco mostrando toda força do trio e deixando claro suas características principais. "Flathead" foi lançada como single, tocou em várias rádios e teve clipe na MTV brasileira, essa sem dúvida é a música mais conhecida do grupo ao lado de "Chelsea Dagger" quarta faixa do álbum e uma das melhores músicas do grupo.

"Whistle For The Choir" é a música mais leve do disco, uma canção romântica embalada por violão e com um ótimo solo de bandolim que fica na cabeça por um bom tempo. "For The Girl" vem com um riff simples mas muito bem elaborado que dá forma a toda a música.

O grupo está em hiato desde 2009 e infelizmente sem previsão de volta aos palcos, mas fico na torcida pela volta ouvindo os dois ótimos trabalhos da banda.

Destaque para as músicas:

- Henrietta
- Whistle For The Choir
- Chelsea Dagger
- For The Girl
- Doginabag
- Creepin Up The Backstairs
- Everybody Knows You Cried Last Night
- Baby Fratelli


Até mais ^^

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

She & Him - Volume Two (2010)

Existem vários atores e atrizes que se arriscam em uma carreira musical como Scarlett Johansson, Bruce Willis e Steven Seagal...

Mas Zooey Deschanel é sem dúvida a que mais chamou atenção no mundo da música, não só por ser conhecida, mas pela qualidade vocal e das composições que apresenta em seu duo formado com o compositor, guitarrista e produtor M. Ward.

Esse é o segundo álbum do She & Him (como o nome já deixa claro), e no geral apresenta um Folk Rock com pitadas de Surf Music que soa muito leve e agradável para qualquer ocasião. É um ótimo disco para ouvir quando se está estressado por ter um efeito relaxante em boa parte causado pela suavidade da voz de Zooey Deschanel e das guitarras de M. Ward.

"Thieves" abre o disco de forma tranquila em um arranjo muito bem feito, valorizando os pontos fortes da sonoridade do grupo. A segunda música do disco "In The Sun", foi usada como single e  é a melhor do álbum, com um refrão muito bem elaborado e até meio grudento.

O disco todo vem recheado de ótimas músicas e pode ser ouvido durante vários dias  seguidos que não soa repetitivo e/ou chato, fazendo com que Zooey Deschanel seja além de uma grande atriz, uma grande cantora.

Destaque para as músicas:

- Thieves
- In The Sun
- Don't Look Back
- Lingering Still
- Gonna Get Along Without You No
- Over It Over Again


Até a próxima ^^

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Taylor Hawkins And The Coattail Riders - Red Light Fever (2010)

Taylor Hawkins é o baterista do Foo Fighters e assim como Chris Shiflett, guitarrista da banda, aproveitou as “férias” do grupo (que já anunciou a volta aos palcos em 2011), para lançar um disco de seu projeto paralelo, a banda Taylor Hawkins And The Coattail Riders. 

Esse é o segundo disco do grupo e na minha opinião é muito melhor que o primeiro. Neste trabalho Taylor mostra que é capaz de compor músicas tão boas quanto as de sua banda principal e sua voz rouca encaixa perfeitamente nos arranjos. 

As músicas deixam evidentes as principais influencias musicais de Taylor Hawkins, a maioria soa como uma mistura de Foo Fighters e Queen, com uma pitada de Rush. Não é a toa que como artistas convidados do álbum estejam Brian May e Roger Taylor do Queen e Dave Grohl do Foo Fighters ajudando nas guitarras e vocais do disco. 

O álbum vem com 12 faixas, a primeira "Not Bad Luck" lembra muito as músicas do Queen, principalmente no refrão, mas nenhum dos dois integrantes da banda está nessa música. Em seguida vem "Your Shoes", essa sim com a participação de Roger Taylor nos vocais e é sem dúvida uma das melhores, se não a melhor música do disco. 

"Way Down", outra ótima música do álbum, tem a participação de Brian May nas guitarras e pode ser tocada facilmente nas rádios, pois vai agradar muitas pessoas por ser um Rock muito leve, agradável e que você fica cantarolando durante um bom tempo. 

A introdução de "It's Over" remete ao Rush, mas muda totalmente de forma quando a música realmente começa, e isso torna a faixa surpreendente, faz o ouvinte pensar que a música será de uma maneira para depois mudar de andamento e ritmo. "Hell To Pay" é uma das mais lentas do disco, mas nem por isso deixa de lado o peso das guitarras. "Sunshine" poderia facilmente estar no primeiro álbum do Foo Fighters, pois é a cara e estilo dos primórdios da banda. 

É muito bom ver artistas que como Taylor Hawkins conseguem manter uma evolução constante em seus trabalhos principais e paralelos de modo coexistente e sempre apresentando uma qualidade enorme em ambos.  

Destaque para as músicas:

- Not Bad Luck 
- Your Shoes 
- Way Down
 - It's Over 
- Hell To Pay 
- Never Enough 
- Don't Have To Speak


Até mais ^^

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Rush - Beyond The Lighted Stage (2010)

Diga uma pessoa que gosta de Rock e não conhece o Rush? Duvido que isso exista.

Mas como explicar o fato que uma banda conhecida e adorada por milhares de pessoas nunca teve a fama que tantas outras bandas menos merecedoras tiveram? Acho que ninguém sabe responder o por que disso, mas nesse documentário os três integrantes da banda Geddy Lee (baixo e vocal), Alex Lifeson (guitarra) e Neil Peart deixam claro que estão felizes em ser a "Maior Banda Cult do Mundo".

O filme retoma toda a carreira da banda passando pelos principais álbuns e acontecimentos da vida dos integrantes, com depoimentos de familiares, vídeos caseiros e curiosidades sobre cada um deles. Um time de personalidades do mundo da música falam sobre a influência e importância do Rush na história do Rock ao longo de todo documentário, artistas como Gene Simmons (Kiss), Kirk Hammett (Metallica), Taylor Hawkins (Foo Fighters) e o melhor de todos em seus comentários: Jack Black (Tenacious D).

Os integrantes da banda falam sobre toda carreira, desde os primeiros shows nas escolas do Canadá até a volta aos palcos após 4 anos de "férias" forçadas, enquanto o baterista Neil Peart estava viajando de moto pelas Américas devido ao falecimento de sua filha e sua mulher, uma viagem de 90 mil km sem rumo.

A única parte em que aparece algum integrante falando sobre técnica instrumental se dá quando Neil Peart fala sobre a sua decisão de voltar a fazer aulas de bateria para melhorar sua técnica, portanto, pra quem acha que vai ver um "How To Play..." das músicas do Rush, pode esquecer. Isso é muito bom, pois torna o filme interessante para quem não é músico.

Vale muito a pena assistir esse documentário para entender como os criadores de clássicos como "Tom Sawyer", "YYZ" e "The Spirit Of Radio" trabalham, o que gostam de fazer nas horas vagas, quais suas influências e principalmente como ainda se dão tão bem após 30 anos de carreira.
Em determinado momento do filme, alguns fãs falam sobre o Rush em suas vidas, e é nesse momento que conhecendo ou não o trabalho do grupo você entende por que tantas pessoas gostam e admiram a música do trio canadense.


Até a próxima ^^

Kings Of Leon - Come Around Sundown (2010)

Para mim é um pouco difícil falar de um álbum do Kings Of Leon de forma totalmente crítica e imparcial tendo em vista que essa é uma das minhas bandas preferidas.

Esse é o quinto disco da banda e de certa forma retoma todos os trabalhos anteriores da banda, pois apresenta desde o Southern Rock dos primeiros álbuns até o Pop Rock do último álbum, aclamado por público e critica, Only By The Night (2008).

Todas as críticas que li sobre esse disco foram desfavoráveis, justamente pelo álbum não ser uma "continuação" do anterior. Mas vale lembrar que em meados de Julho deste ano, o baterista Nathan Followill em uma entrevista deixou claro que o novo álbum (na época em processo de gravação), não seguiria a mesma linha do anterior, que as pessoas não deveriam esperar um disco com cinco "Use Somebody" e sete "Sex On Fire", maiores sucessos do álbum anterior.

O que acontece é que esse disco não é um trabalho totalmente voltado para a música pop, sendo "Radioactive", a segunda música do disco, a que tem mais cara de hit e que lembra o trabalho anterior. A primeira música do álbum "The End" tem um ótimo arranjo e fica na cabeça por um bom tempo, mas não chega a ser um hit.

"Pyro" apresenta uma sonoridade muito leve, é uma das melhores do álbum e lembra as músicas dos primeiros discos da banda. Em seguida vem "Mary", com uma levada de Blues muito boa e uma linha de baixo com destaque em toda música.
Em "Back Down South" o grupo coloca os dois pés na música Country em um arranjo com a presença de violino e guitarra tocada com slide.

No geral é um disco muito bom, muito bem feito e tem seu valor na discografia da banda, que apesar de não ser tão pop quanto o anterior, acredito que ira conquistar alguns fãs.

Destaque para as músicas:

- The End
- Radioactive
- Pyro
- Mary
- Back Down South
- Beach Side
- No Money
- Mi Amigo


Até mais ^^